João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

sábado, 1 de dezembro de 2007

Eduardo Bueno 'Peninha' na Rolling Stone


Peninha segue Kerouac, tem obra sobre 
Dylan, quer legalização da maconha, etc.

O escritor Eduardo Bueno quer injetar consciência histórica em nossas mentes, refez a trajetória descrita por Jack Kerouac no livro On the Road, defende a legalização da maconha e tem uma obra incompleta sobre Bob Dylan arquivada na sua sala. E, no meio de tantos causos, ele ainda resolveu partir para a ficção... 

 

(...) Assim como desconstrói mitos sagrados, Eduardo subverte a crítica e admite sem qualquer constrangimento que pagou mico no quadro do Fantástico, em parte porque atribui ao programa problemas de edição e não pôde dar o final cut que gostaria, sobretudo por acreditar que vale a pena se expôr para atingir seus objetivos - entre eles não está a grana, diga-se: ele não recebeu mais do que R$ 8 mil por programa, além do crédito do livro do qual se basearam os textos, Brasil: Uma História - A Incrível Saga de um País.

"Quem me critica [aproxima-se do gravador e grita, como se tivesse falando para uma multidão] deveria ver o povo na rua me perguntando se era verdade que Tiradentes não tinha cabelo nem barba", desabafa o alvo predileto de historiadores inconformados com sua abordagem da história e atuação na TV. "Me divido entre uma profunda pena deles e de mim próprio por estar inserido nessa discussão e uma angústia de não poder torná-la pública e efetiva", provoca. "Tenho consciência de que seria muito cruel chamar esses caras para uma discussão, mesmo porque os únicos historiadores que me interessam não querem discutir comigo, porque entendem o que faço [cita sem pausa]: Nicolau Sevcenko, Lili Schwarcz, Mary Del Priore, Max Justo Guedes, Kenneth Maxwell, Leslie Bethell, eles sabem a grandeza e a 'pequenês' da minha obra. Grandeza no sentido de que popularizou a história com uma dimensão até então inédita, 'pequenês' por não se propor a ser uma investigação historiográfica, embora tenha se tornado em muitos momentos." (respondendo as críticas de historiadores inconformados com sua abordagem da história e atuação na TV) 

Quando parece que Eduardo vai parar, engata uma quinta marcha com um ar sério, e baixa a voz: "Nunca quis contar isso antes, mas duas crianças, uma de 7 [sete!, levanta a voz] e outra de 8 anos [oito!, levanta a voz], me disseram 'vou ser historiador por sua causa'. Outras cinco pessoas me revelaram que 'nunca tinham lido um livro antes na vida!' [aí ele gagueja de emoção verdadeira e não consegue falar mais nada] O que eu vou querer mais? Vou discutir? Não vou, né?"


O autor dos livros sobre a história do Brasil colonial - A Viagem do Descobrimento; Náufragos, Traficantes e Degredados; Capitães de Areia; e A Coroa, a Cruz e a Espada - que já venderam exorbitantes 840 mil exemplares se propõe a discutir a maneira como o passado influi no presente e esboça o futuro. "A crise do Brasil é moral e ética por sermos um povo de desterrados, transplantados, que não sabem de onde vieram e nem pra onde vão" [eleva novamente o tom de voz e mira o gravador]. "Se tu não sabes que tempos são estes, e não tens a menor consciência histórica do lugar onde vives, és um joguete nas mãos de alguma coisa que a teoria conspiratória te levaria a crer que é obra de políticos. É preciso buscar uma consciência histórica maior para tu poderes exercer teus direitos, tua cidadania."


FONTE PESQUISADA:
Revista Rolling Stone -  Edição 14 - Novembro de 2007

sexta-feira, 29 de junho de 2007

UFRGS aprova cotas étnico-raciais



O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aprovou, na tarde desta sexta-feira (29), por 43 votos a 27, o primeiro artigo do projeto que prevê a instalação do sistema de cotas étnico-raciais e sociais para candidatos auto-declarados negros, indígenas e egressos de escolas públicas.
O novo sistema entrará em vigor já no Vestibular 2008.
O Consun ainda tem que decidir o percentual de vagas no sistema de cotas e a forma de ingresso. Uma das propostas em debate propõe que 30% das vagas sejam destinadas a alunos egressos de escolas públicas. Desse total, a metade iria para alunos que se declararem negros. Leia mais no blog RS Urgente.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Uma universidade que margeia um shopping

Encontrei no blog palidopontobranco (veja abaixo) um bem humorado relato da participação de alguns professores de São Paulo, no Encontro Nacional da ANPUH - Associação Nacional dos Professores de História, recentemente realizado na Unisinos, em São Leopodo. Durante o trajeto de carro de São Paulo até aqui relatam sobre as condições da BR 116, sobre pedágios, sobre a sinalização inexistente em Porto Alegre, sobre o sotaque e a culinária gaúcha, sobre futebol - assistiram os 3 x 0 do Colorado sobre o Corínthians - e sobre a reunião da ANPUH e a Unisinos.
Muito boa a avaliação da Unisinos " uma universidade que margeia um shopping". Espero que tenham retornado em paz e chegado bem a São Paulo nesses tempos bicudos...



Lá e de volta outra vez



Como previsto, não foi possível blogar durante a semana. Voltei ontem à noite de Porto Alegre, depois de quase dois dias de viagem - boa parte dela na famosa BR-116. O governo federal está duplicando aquele cemitério em forma de estrada, mas parece que vai demorar um pouco. A única coisa boa é que não tem pedágio.

Foi gasto zero com esse assunto entre o Rio Grande e São Paulo. Mas foi só nos locomovermos um pouco em território paulista - com estradas melhores, reconheça-se - que quase vinte reais foram torrados. Nada contra os pedágios, tudo contra o altíssimo valor pago para rodar poucos quilômetros. Enfim, críticas aos pedágios estão longe da novidade. O novo ficou lá no sul.

Voltemos pra lá, então. Porto Alegre surpreende pela péssima sinalização. Quer dizer, seria péssima se ela existisse. Um exemplo: a placa que sinaliza a entrada à direita para chegar a São Leopoldo fica... já dentro da própria via à direita! Bah, tchê!, ninguém no carro era clarividente, nem mesmo o motorista, cuja auto-representação é a do HAL 9000, o computador que nunca erra. Contamos, portanto, com a boa vontade dos gaúchos, sempre muito solícitos, para nos explicar os caminhos dos pampas: "tu não vai te perder", "tu margeias o Guaíba". Sempre com aquele sotaque cantado que a muito custo tentávamos imitar. Assim como no Rio, em que pedíamos por um "mishto quente", certamente soamos ridículos: "bah, como é que faz pra chegar na Farrapos?", indagava Rodolpho. Foi divertido.

Mais divertido ainda foi ver o Corinthians tomar um ridículo 3 a 0 do Inter em pleno Beira-Rio. Lindo estádio, torcida fanática. Quase 20 mil pessoas, mais de 14 mil sócio-torcedores às 10 da noite de uma fria quarta-feira. Com banheiros utilizáveis e cerveja (com álcool) vendida dentro do estádio, não há do que os colorados reclamarem mesmo. Para inveja de pontepretanos e bugrinos. Rogério, o Guerreiro da Tribo, remoía-se, como eu, de toda aquela estrutura. O jogo mesmo foi fraco, mas serviu pra animar até mesmo a Vanessa, tadinha, perdida num estádio de futebol. Numa falta no círculo central, perguntou se havia sido impedimento. Os gols ela entendeu, lógico. O gol é a linguagem universal do futebol. Mas fomos a Porto Alegre para a ANPUH, que aconteceu na Unisinos, em São Leopoldo.

A Unisinos pode ser caracterizada como uma universidade que margeia um shopping. Sim, há um shopping no meio da Unisinos. Perto dela, a Unimep, em Piracicaba, é um reles mall. Bizarro. A ANPUH pode ser caracterizada como uma reunião de gente com cara de intelectual enfiada num casaco com cachecol articulando discursos-padrão na seguinte fórmula: "O trabalho abarca questões que perpassam uma temática multidisciplinar e propõe, a priori, deslocamentos de abordagens múltiplas por territórios teóricos cujos matizes apontam para (re)significações e (re)construções do sujeito enquanto agente transformador". E ainda participei de um mini-curso em história da ciência cujos vôos para os lados de Deleuze e Foucault aprofundaram minha ausência mental. Ausência com certificado, diga-se.

Não que não houvesse muita gente com coisas interessantes pra dizer, é claro. Mas isso fica pra outra hora. Aliás, a genialidade que não encontrei na ANPUH veio no muro do Hotel Roma, no qual nos hospedamos. "Quem tem boca vai no Roma", dizia a fantástica peça publicitária. Procurei pelo logo da W/Brasil no muro mas não achei. O Washington Olivetto deve ser um cara muito modesto.

Quem tem boca vai no Roma, mas vai no Alfredo também. Lanchonete/restaurante encontrado ao acaso no desespero da fome numa cidade desconhecida, o Alfredo é uma casa que se orgulha de ter sido frequentada pelo Brizola e sintetiza a relação custo-benefício da comida na capital gaúcha: porção de batata, 4 pilas; risoto, 6. Come-se bastante, e barato, por lá. Talvez seja para recuperar as energias de um caminho erradamente indicado pela péssima sinalização porto-alegrense.

Postado por Danilo Albergaria no blog http://palidopontobranco.blogspot.com/

UMA CRIANÇA MORTA A CADA 5 SEGUNDOS


A fome matou uma criança menor de 10 anos a cada cinco segundos no mundo em 2006. Também no ano passado, uma pessoa perdeu a vista a cada quatro minutos por falta de vitamina A. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo relator da ONU sobre o Direito à Alimentação, Jean Ziegler. Isso, comentou Ziegler, em um planeta que poderia alimentar normalmente, ou seja, com 2,7 mil calorias diárias, 12 bilhões de pessoas, quase o dobro da população mundial.
Segundo ele, o número de vítimas da desnutrição grave e permanente aumentou em 12 milhões em apenas um ano, passando de 842 milhões, em 2005, para 854 milhões de pessoas, o que representa um de cada seis habitantes do planeta.
Esses números constam do relatório anual entregue por Ziegler ao Conselho de Direitos Humanos (CDH) reunido em Genebra. Após apresentar esses dados, o relator da ONU defendeu que seja reconhecido o direito dos refugiados da fome de procurar asilo em outros países e que se proíba seu retorno forçado.
As situações mais terríveis de fome, informou ainda Ziegler, ocorrem atualmente na região do Chifre da África, principalmente na Somália, no norte do Quênia, na Eritréia, na República Democrática do Congo (RDC) e na região sudanesa de Darfur. A proposta de reconhecer o direito de refugiados da fome encontra forte resistência entre os países mais ricos do mundo.
A Convenção da ONU sobre Refugiados, de 1951 limita as razões para obter refúgio à perseguição por motivos políticos, étnicos ou religiosos. Jean Ziegler acusou a União Européia de ter adotado uma estratégia militar para enfrentar o problema da imigração, especialmente em relação aos africanos, criminalizando os refugiados dos países mais pobres.

Escrito por Marco Weissheimer no http://rsurgente.wordpress.com/

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Al perderte





Al perderte yo a tí
tú y yo hemos perdido:
Yo por que tú,
eras lo que yo más amaba
Y tú por que jo era
El que te amaba más.
Pero de nostros dos
Tú pierdes más do que yo:
Porque yo podré amar a otra
como te amaba a tí,
Pero a tí não te amarán
Como te amaba yo.
(Ernesto Cardenal)

Ratos e Homens



O filme Ratos e Homens (Of Mice and Men, no original) é uma adaptação para a tela grande do livro escrito por John Steinbeck, publicado originalmente em 1937, que conta a história trágica de George e Lennie, dois trabalhadores rurais na Califórnia durante a Grande Depressão (1929-1939). A história se passa em um rancho a algumas milhas de Soledad no Salinas Valley.

Fábula sobre a amizade -
Adaptado para o cinema e também para o teatro a história é uma fábula sobre a amizade e o sonho americano. No filme, os dois personagens principais vivem de trabalhos episódicos nas fazendas da Califórnia e sonham em comprar uma área de terras onde possam ter uma vida mais tranquila.
George (Gary Sinise) e Lennie (John Malkovich) formam uma dupla estranha. George é um homem pequeno e inteligente que lidera a dupla, toma as decisões e protege Lennie, embora também dependa da amizade e da força do amigo. Lennie é um gigante simpático, dotado de força física excepcional e desenvolvimento mental de uma criança.

Os coelhos do futuro -
Eles tem muita dificuldade de permanecerem nos empregos porque a deficiência mental de Lennie acaba colocando-o em confusões. Na fazenda de onde fogem, no início do filme, Lennie que precisava tocar com as mãos tudo que achava bonito e agradável não resistira a beleza de um vestido vermelho usado por uma das mulheres da fazenda. Mesmo sem ferir a mulher ela obviamente se assusta com a investida daquele gigante e eles tem de fugir rapidamente. Depois de algum tempo escondidos eles rumam para outra fazenda onde tinham promessa de emprego. No caminho para o novo emprego George fala dos seus planos para o futuro: comprar um acre de terra, construir sua própria fazenda, e nela criar galinhas, porcos, e o que Lennie mais queria, coelhinhos. Eles conversam também da importância da amizade e da companhia que um faz ao outro.

Entre amigos e problemas -
Chegando à fazenda, encontram pessoas agradáveis, com exceção de Curley, o filho do dono da fazenda e sua esposa. O sonho de George e Lennie começa a se realizar quando um dos empregados mais velhos da fazenda Candy (Ray Walston) oferece suas economias para ajudar na comprar das terras, e seguir junto com os dois amigos para a nova fazenda. Tudo que precisava ser feito era juntar mais algum dinheiro, que conseguiriam trabalhando. Infelizmente, o sonho se transforma em pesadelo quando Lennie mata acidentalmente a mulher de Curley.

Amigos na vida, amigos na morte -
Na cena final do filme George encontra Lennie que, cassado por Curley e pelos empregados da fazenda, escondera-se na mata. George acalma Lennie, falando da fazenda que irão comprar, dos animais que criarão na fazenda principalmente dos coelhos. George pede a Lennie que imagine como será a fazenda e enquanto Lennie fala dos coelhos, George, as suas costas, dispara um único tiro em sua cabeça.
Para evitar que ele preso e assassinado George decide matá-lo sem sofrimento. Sem a proteção que a mentira e a dissimulação proporciona ao longo da vida as pessoas normais Lennie encontrava-se desprotegido. Coube a George que sempre protegeu-o na vida, protege-lo também na hora da morte.

Mensagem do Maneco

Gilnei,

a iniciativa do blog está em dia com as inovações tecnológicas da comunicação; o blog está muito bonito. Arrisco duas sugestões: que inclua mais imagens e que inclua coisas da sociedade civil, mais artigos, mais iniciativas ecológicas etc... Penso que o blog é um instrumento para além do agendamento dos próprios petistas. Pode ser um instrumento de ampliação só que para isso, precisa ser mais atraente (não no visual que está ótimo) no conteúdo. De todo modo, é fácil ser engenheiro de obra pronta. Se faço os comentários é porque quero vê-lo ainda melhor do que, efetivamente, já está. São só referências para quem estiver fazendo o blog. No mais, PARABÉNS, PARABÉNS e PARABÉNS!!!

Contem comigo

João Manoel de Oliveira - Maneco

quinta-feira, 31 de maio de 2007

A revolução não será televisionada



O documentário A revolução não será televisionada, filmado e dirigido pelos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O’Briain, apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela. Os dois cineastas estavam na Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, seus instantes decisivos, respondido e esmagado pela espetacular reação do povo.

O ponto alto do documentário é registrar a força das massas exploradas que derrotam os golpistas e restituem o governo a Hugo Chavez. O povo enfrentou e passou por cima de toda a mentira, fraude, manipulação da informação, da repressão iminente e mostrou que é mais forte. Não aceitou as “notícias”, recusou-as e saiu às ruas na manhã de sábado, 13 de abril, para denunciar que Chavez “não renunciou! Está seqüestrado!” e “não te queremos Carmona! Ladrão!”. Centenas de milhares de pessoas nas ruas cercam o Palácio Miraflores para exigir “Queremos a Chavez!” e clamar “Chavez amigo, o povo está contigo!”.


  
Um ponto importante a ser identificado e debatido: durante a noite do dia 11 de abril e na madrugada do dia 12, o Palácio Miraflores foi cercado e os golpistas ameaçaram bombardeá-lo caso Chavez não renunciasse.
A decisão de se retirar e ceder às chantagens revela uma certa subestimação da capacidade do povo empreender resistências vigorosas e múltiplas a ponto de derrotar os golpistas. E mais: indica que a organização das massas exploradas para resistir a estas situações não era uma possibilidade presente na consciência política das forças que apóiam o governo de Hugo Chavez. Portanto, não poderiam vislumbrá-la e dela lançar mão. 
Apenas se conformaram: “Não havia saída”, “O jogo acabou”. Para eles, não faltava uma política para organizar as classes dominadas, mas sim o que “não organizamos [foi] uma política de comunicações”.

Ficha Técnica:

Filmado e dirigido por: Kim Bartley e Donnacha O’Briain
Produção: Power Picture associada à Agencia de Cinema da Irlanda
Edição: Angel H. Zoido
Produtor Executivo: Rod Stonemann
Produzido por: David Power
Irlanda, 2003.
Duração:74 minutos, legendas em português.

Este artigo encontra-se em www.cecac.org.br

domingo, 27 de maio de 2007

O exemplo de José Serra

                            

Aí está o exemplo que o governador de São Paulo dá. Em um mundo cada vez mais violento, ele posa com um fuzil da PM. Mas ele é José Serra, o presidente eleito (só está esperando o Lula sair para tomar posse) na cabeça dos tucanos, pode tudo. São os mesmos que criticam Lula por não haver feito uma faculdade.

Dizem que o presidente é um mau exemplo, é alguém que privilegia o empirismo e não o aprendizado. Pois aí está. Esse aí estudou. Foi presidente da UNE, fez um dos discursos mais virulentos em 13/3/63 e, em 31/3 quando veio o golpe, foi estudar no Chile. Esse estudou. E o exemplo que dá é esse.

O que me conforta é que, para ser presidente do Brasil, precisa ter votos. Mais de 50 milhões de votos. E o doutor Serra dificilmente vai chegar lá. Seu discurso pragmático não ganha muitos votos fora do Estadão de São Paulo.

Publicado por Blog do Menon

sexta-feira, 25 de maio de 2007

As muitas mentiras da mídia venezuelana



 Na Venezuela, até os comentaristas estão engajados na campanha aberta da mídia comercial para derrubar o presidente democraticamente eleito Hugo Chavez. Andres Izarra, um jornalista da tevê venezuelana, diz que a campanha causou tanta violência contra a informação verdadeira que as quatro redes de tevê privadas deveriam perder o direito às suas concessões públicas. "Eu acho que as concessões deveriam ser revogadas", diz ele. É o tipo de pronunciamento que se espera de Chavez, conhecido por apelidar as estações de "os quatro cavaleiros do apocalipse". Izarra, no entanto, é mais difícil de desconsiderar. Um cara certinho, feito sob medida para a TV, trabalhou como editor da CNN em espanhol para a América Latina até ser contratado como gerente de produção do telejornal de maior audiência do país, El Observador, na RCTV.

No dia 13 de abril de 2002, um dia depois que o líder empresarial Pedro Carmona assumiu o poder, Izarra pediu demissão do emprego sob condições que ele descreve como "de extremo stress emocional". Desde então, ele tem soado o alarme sobre a ameaça à democracia que surge quando a mídia decide abandonar o Jornalismo e assume a posição de usar todo o seu poder de persuasão para ganhar uma guerra causada pelo petróleo. [Nota do site: neste período, Chavez tentava assumir o controle da PDVSA, a estatal de petróleo venezuelana]

As tevês privadas da Venezuela são propriedade de famílias milionárias, com vastos interesses econômicos em jogo na batalha contra Chavez. A Venevision, a emissora de maior audiência, é propriedade de Gustavo Cisneros, apelidado pelo tablóide americano New York Post de "o rei da joint venture". O Grupo Cisneros tem parcerias com algumas das mais importantes marcas americanas, entre elas a América Online, Coca-Cola, Pizza Hut e Playboy, tornando-se uma espécie de vigilante do mercado latino-americano. Cisneros é um defensor incansável do livre comércio continental, dizendo ao mundo, num perfil publicado em 1999 pela revista LatinCEO que "a América Latina está agora comprometida completamente com o livre comércio, e completamente comprometida com a globalização. Como continente, já fez sua escolha".

Mas com os eleitores latino-americanos escolhendo políticos como Chavez, isso mais parece um caso de propaganda enganosa: a venda de um consenso que não existe. O que ajuda a explicar porque, nos dias que precederam o golpe de abril, a Venevision, a RCTV, a Globovision e a Televen trocaram a programação regular por insistentes discursos anti-chavistas, interrompidos apenas por comerciais convocando os telespectadores a ocupar as ruas: "Nenhum passo atrás. Saia! Saia agora!". Os anúncios eram patrocinados pela indústria do petróleo, mas as emissoras colocavam no ar como se fossem "de interesse público".
E foram além. Na noite do golpe, a emissora de Cisneros serviu de lugar de reunião para os conspiradores, inclusive Carmona. O presidente do Conselho de Radiodifusão da Venezuela foi co-signatário do decreto que dissolveu a Assembléia Nacional, eleita democraticamente.

E enquanto as emissoras celebravam abertamente a "renúncia" de Chavez, quando forças pró-Chavez se mobilizaram para trazê-lo de volta houve um blecaute completo de notícias.
Izarra diz que recebeu instruções claras: "Nenhuma informação sobre Chavez, seus seguidores, seus ministros ou qualquer outra pessoa que de alguma forma possa ser relacionada a ele". O jornalista assistiu horrorizado enquanto seus chefes ativamente suprimiam as manchetes de última hora.
Izarra diz que no dia do golpe, a RCTV recebeu uma reportagem de uma afiliada dos Estados Unidos dizendo que Chavez não havia renunciado, mas tinha sido seqüestrado e preso.
A reportagem não foi ao ar.

O México, a Argentina e a França condenaram o golpe e se recusaram a reconhecer o novo governo. A RCTV sabia, mas não divulgou. Quando Chavez finalmente retornou ao Palácio Miraflores, as estações simplesmente deixaram de divulgar notícias.
Em um dos dias mais importantes da história da Venezuela, elas colocaram no ar o filme "Pretty Woman" e desenhos animados de Tom e Jerry. "Nós tínhamos um repórter em Miraflores e sabíamos que o palácio havia sido reconquistado por chavistas", diz Izarra, "mas o blecaute de informações foi mantido. Foi quando decidi dar um basta e fui embora".
Desde então a situação não melhorou.

Durante uma greve organizada pela indústria de petróleo, as emissoras de tevê transmitiram em média 700 comerciais pró-greve por dia, de acordo com estimativas do governo.
É nesse contexto que Chavez decidiu peitar para valer as emissoras de tevê, não apenas com sua retórica furiosa, mas com uma investigação sobre a violação dos padrões de imparcialidade e uma série de novos regulamentos. "Não se surpreendam se nós começarmos a fechar emissoras de tevê", disse Chavez em janeiro. A ameaça provocou uma onda de condenações do Comitê de Proteção aos Jornalistas e da organização Repórteres Sem Fronteiras. E há motivos para preocupação: a guerra da mídia na Venezuela é sangrenta, com ataques contra meios de comunicação pró e anti-Chavez.



 Mas as tentativas de regulamentar a mídia não são um "ataque à liberdade de imprensa", como o CPJ afirmou - pelo contrário. A mídia venezuelana, incluindo a TV estatal, precisam de sérios controles para garantir diversidade, equilíbrio e acesso público, à distância dos poderes políticos do momento.
Algumas das propostas de Chavez, como a cláusula que baniria programas que mostrassem "desrespeito" ao governo, claramente vão além do necessário e poderiam ser usadas para calar críticos.
Dito isso, é um absurdo tratar Chavez como a principal ameaça à liberdade de imprensa na Venezuela. A honra é claramente dos próprios donos dos meios de comunicação.

Esse fato foi completamente esquecido pelas organizações encarregadas de defender a liberdade de imprensa ao redor do mundo, que ainda acreditam que todos os jornalistas só querem falar a verdade e todas as ameaças vem de políticos ditatoriais e multidões enfurecidas.
É uma pena, porque nós precisamos desesperadamente de defensores de uma imprensa livre - e não apenas na Venezuela. Afinal, a Venezuela não é o único país do mundo em que há uma guerra por petróleo, onde os donos da mídia pedem "mudança de regime" e onde a oposição rotineiramente desaparece dos telejornais em horário nobre.
Nos Estados Unidos, ao contrário da Venezuela, a mídia e o governo [Bush] estão do mesmo lado".
 
PS - O filme ' A Revolução Não Será Televisionada' mostra clara e cruamente a participação ativa dos meios de comunicação da Venezuela na tentativa frustrada de golpe de estado de abril de 2002. 

por Naomi Klein, publicado na revista Americana The Nation, em 03 de março de 2003.
Fonte: Blog de Marco Weissheimer http://rsurgente.wordpress.com/

terça-feira, 22 de maio de 2007

Quem morre?

Morre lentamente quem se transforma 
em escravo do hábito, 
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca.
 Não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece. 

Morre lentamente quem 
faz da televisão o seu guru. 
Morre lentamente quem evita uma paixão, 
quem prefere o preto no branco 
e os pingos sobre os "is" 
em detrimento de um redemoinho de emoções, 
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, 
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. 

Morre lentamente quem 
não vira a mesa 
quando está infeliz com o seu trabalho, 
quem não arrisca o certo pelo incerto 
para ir atrás de um sonho, 
quem não se permite pelo menos uma vez na vida, 
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, 
quem não lê, quem não ouve música, 
quem não encontra graça em si mesmo. 

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, 
quem não se deixa ajudar. 
Morre lentamente, quem passa os dias 
queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto
 antes de iniciá-lo, 
não pergunta sobre um assunto que desconhece 
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. 

Evitemos a morte em doses suaves, 
recordando sempre que estar vivo 
exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. 
Somente a perseverança fará com que 
conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

terça-feira, 15 de maio de 2007

EUA:abusos sexuais na Igreja Católica


Em 2003, a Conferência Nacional dos Bispos Católicos dos Estados Unidos contratou o Colégio John Jay de Justiça Criminal para estudar o número de queixas de abuso sexual, mas limitou o escopo do trabalho a casos envolvendo sacerdotes e diáconos. Não existem estatísticas confiáveis sobre as dimensões do problema.
O estudo, que abarca todas as dioceses dos Estados Unidos, constatou que 10.667 pessoas haviam apresentados queixas contra 4.392 padres entre 1950 e 2002, ainda que os críticos aleguem que muitas das vítimas nunca apresentaram queixa, e que muitas queixas não foram registradas pela Igreja.
"Há escassez de dados sólidos sobre essa questão", disse David G. Clohessy, diretor nacional de uma rede de vítimas de abusos praticados por religiosos conhecida como Snap. "É uma imensa lacuna, e isso é perturbador. Minimizamos o horror".
Já que os padres constituem a minoria dos quadros dos trabalhadores da Igreja, afirma Clohessy, "é pelo menos plausível que número igual ou ainda maior de pessoal laico tenha praticado abusos".
Uma porta-voz da Igreja Católica nos Estados Unidos, a irmã Mary Ann Walsh, da Conferência Nacional dos Bispos Católicos, negou que a Igreja tenha tentado ocultar os abusos dos funcionários laicos e voluntários.
Ainda que centenas de casos de abuso sexual por sacerdotes católicos tenham vindo à luz nos últimos anos, resultando em acordos e indenizações judiciais no valor de milhões de dólares, o problema não se limita aos membros do clero.
"As pessoas não querem enfrentar a realidade de que não são apenas os padres que praticam abusos", disse Laura Ahearn, diretora executiva de uma organização que combate abusos contra crianças. "Aqui, em Long Island, havia um ministro laico que trabalhava com jovens, um diretor de coral e até um voluntário da cozinha comunitária do colégio envolvidos em abusos".
Também houve casos de freiras acusadas de abusos sexuais. "Temos 40 freiras em nosso banco de dados", disse Anne Barrett Doyle, co-diretora da Bishop Accountability, uma organização nacional norte-americana que compila dados sobre abusos sexuais praticados pela Igreja.
O padre Thomas Doyle, que no passado trabalhou na embaixada do Vaticano em Washington e mais tarde passou a criticar a postura da Igreja com relação a essa questão, disse que as pessoas muitas vezes se surpreendem com as queixas contra freiras, considerando-as "mais difíceis de enfrentar".
O mais recente julgamento a colocar em destaque o problema de abusos sexuais praticados por funcionários laicos da Igreja está aguardando julgamento no tribunal estadual do condado de Nassau, Long Island. Matthew Maiello, que trabalhava com jovens e dirigia a missa do rock na paróquia de São Rafael, em East Meadow, nos anos 90, se admitiu culpado de estupro e sodomia contra quatro menores, em 2003, e foi sentenciado a dois anos de prisão.
Duas das vítimas processaram Maiello, a paróquia, o padre titular e a diocese de Rockville Centre, solicitando indenização de US$ 150 milhões, e depois de um julgamento civil de três semanas de duração que ofereceu um panorama poucas vezes visto sobre os abusos sexuais praticados pela Igreja Católica, o júri está agora deliberando o veredicto.
Ainda assim, nos últimos anos a Igreja iniciou programas preventivos em todo o país. Em Long Island, a diocese de Rockville Centre diz que conduziu estudos de antecedentes sobre 64 mil trabalhadores e voluntários.
A diocese diz que mais de 226 mil católicos de Long Island, incluindo os paroquianos, haviam passado por sessões de treinamento e informação, associadas aos escândalos gerados por abusos sexuais. Foi uma dessas sessões que causou a queda de Maiello.
Depois da reunião, uma paroquiana da igreja de São Rafael conversou com uma adolescente que ela suspeitava ter sofrido abusos, e depois procurou a polícia do condado de Nassau, que deteve Maiello. A menina é uma das duas vítimas que está processando Maiello e a Igreja.

Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME
NY Times Terça, 15 de maio de 2007, 13h36
Disponível na internet:

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Quem não conhece a tia Carmen e suas sobrinhas?




A “Tia Carmen” é um nome muito conhecido nos círculos do poder da Província de São Pedro. Nos círculos políticos, econômicos, midiáticos e outros não menos cotados. O empreendimento localizado na rua Olavo Bilac, região central de Porto Alegre, é freqüentado com desenvoltura por representantes da chamada elite gaudéria.
No ano passado, veio à tona um escândalo envolvendo o ex-diretor administrativo-financeiro da Companhia Riograndense de Artes Gráficas (Corag), Vitor Hugo Guerra, do PSDB de Caxias do Sul, que usou notas fiscais de gastos com garotas no referido estabelecimento para justificar despesas de alimentação. Uma auditoria realizada pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) descobriu esta e outras 26 irregularidades na Corag.
Pois bem, agora, um pouco do mundo encantado da Carmen está disponível no Youtube, graças a uma matéria feita pelo intrépido Paulão, do programa Polícia em Ação (Canal 20, NET Porto Alegre).
O Guga Türck postou no Alma da Geral e a Aline Leão repercutiu no Cuca Fundida. Paulão, ex-candidato a vereador pelo PTB, em Porto Alegre, não consegue esconder seu entusiasmo pelo furo de reportagem. Pois é, a Carmen também foi parar no Youtube.
Se isso virar moda, uma onda de pânico se abaterá sobre alguns lares gaúchos. Clique http://www.youtube.com/watch?v=AfxRiTMyUOE para ver.


Escrito por Marco Weissheimer


TIA CARMEN (2) 

O site 'novohamburgo.org' publicou 'E-Dossiê Sinos' com a transcrição dos e-mails trocados entre os senhores Luis Rupenthal ( empresário que está foragido da Justiça, desde a comprovação da responsabilidade da empresa UTRESA que dirigia na mortandade de cerca de 100 toneladas de peixes no Rio dos Sinos) e o sr. Jackson Muller ( ex-diretor técnico da Fepam, atual interventor na UTRESA) . São meses de troca de correspondência eletrônica, que o próprio Jackson Muller disponibilizou. Fica claro que são pessoas que se conhecem há muitos anos, que tem interesses comuns - e parece que tem ou planejavam ter empreendimentos conjuntos - , fica mais claro ainda a insistência de Rupenthal em aproximar-se de Muller . Insiste em happy-hours, churrascos, jantas e até um convite para viagem a Alemanha. Uma das mensagens que pode ser consultada no dossiê refere-se a Tia Carmen. Leia na íntegra:


" Data: 19/05/2006
Título: Tia Carmem
Assunto:
Drr!
Agradecemos as informações. Quanto as moças, como assalariado do estado, fica cada vez mais distante a possibilidade!
Jackson


----- Original Message -----
From: U.T.R.E.S.A.
To: Jackson Muller
Sent: Friday, May 19, 2006 12:11 AM
Subject: Tia carmem
Prezado jackson:
Este anexo corresponde à realidade ou não???
Subject: Fw: Tia carmem
Anexo: nenhum
Hora: 01:41"



E-Dossiê Sinos

Baleia albina



(...)
Será menina
a baleia albina?
Será adulta
a náufraga lua animal?
Ou centenária
a submarina cetácea nau?
Senhora dona do aquático sítio
supondo-se
solitária soberana
desfila tranqüila na líquida passarela
e revela
coreografia de estrela
e solfeja
cantiga de amor arquiantiga
e corteja
sem saber-se a prima-dona
de um mega espetáculo
sem pressentir
a intimidade exposta
à ribalta de mil olhos
pelo globo em volta...
Como o mar tão vasto
cabe entre sofás?
como nos toca o mar
se a pele não nos molha?
À noite os gatos são pardos
À noite somos jonas e pinóquios
acomodados na barriga da sala
essa estranha baleia
cujas paredes entranhas
o oceano invade
e lambe até tarde...
Somos então outra casta de peixes
pescados nas malhas
de eletrônica rede.

Astrid Cabral
http://www.revista.agulha.nom.br/astridcabral1.html

07. MeMóRiA SiNDiCaL (I)

                         A primavera sindical tem mil tons rosa 

para lembrar milton rosa e jair da costa
por quem continuamos firme na luta


Por um momento pare
e preste um pouco de atenção...
olhe para baixo
os pés das pessoas
que pisam nesse chão.

São pés de homens e mulheres,
são pés já velhos e cansados
e outros ainda jovens,
pés de meninas e meninos
pés dos netos
do alemão branquela,
e pés dos filhos
do negro da favela,
são os pés dos sapateiros e
das sapateiras do Vale do Sinos.

Pés que embalam
bicicletas em Nova Hartz e Araricá.
Pés doloridos em Novo Hamburgo
nos onibus superlotados.
Pés sujos de poeira em Ivotí,
Dois Irmãos e Lindolfo Collor.
Pés sem rumo,
gente fora de sí,
amargando o desemprego
em Sapiranga,Presidente Lucena
e São Sebastião do Caí.
Pés descalços,
de chinelos de dedo
em muitas cidades
do Rio Grande
de São Pedro.

São pés que conhecem
cada rua e cada calçada,
conhecem o peso da jornada,
o frio da madrugada
e a dureza do caminho.
Os mesmos pés cansados
que pedalam bicicletas
num eterno pedalar,
pés de trabalhadores explorados
cujo salário minguado
não consegue comprar
um par do sapato
que vivem a fabricar.

Pés de jovens
que perderam o caminho da escola,
pés de filhos que precisam trabalhar,
pés de quem respira o cheiro da cola
até a jornada acabar.

A força da união
que vence a exploração,
pode mudar a vida
do trabalhador sapateiro
que há tanto tempo labuta,
dizem que se o cavalo soubesse
da força que tem
não puxava a carroça,
se o trabalhador aprender,
se o trabalhador se unir
não há nada que possa
impedir sua vitória
e mostrar pro Brasil inteiro,
minha companheira e meu companheiro,
a história da nossa luta.

Vamos nos unir
e vamos lutar de fato,
honrando o companheiro Jair
chega de tanta espera,
Mil tons rosa no sindicato
viva a nossa primavera,
chega de exploração,
chega de tanta espera...


Autor: Gilnei Andrade

quinta-feira, 10 de maio de 2007

06. A casa dos avós


Existe na chuva
e no seu barulho
caindo nos telhados
uma certa magia
que nos transporta
a momentos especiais
de nossas vidas.

O cheiro da terra molhada
pelas primeiras gotas de chuva
nos lembram das férias da escola
na casa de nossos avós.

Tudo era fácil
e todos sorriam para nós,
não haviam preocupações,
não havia falsidade,
só havia amor e bondade
na casa dos nossos avós.

Mas tão ligeiro crescemos
a vida passa tão veloz,
fazem muito anos
que não voltamos
a casa dos nosso avós.

Por isso quando a chuva
molha a terra ressecada
tudo muda para nós.
Voltamos a ser crianças
na casa dos nossos avós.

Gilnei Andrade

quarta-feira, 9 de maio de 2007

05. A história do PT em imagens

                                                                                              Foto-Jornal Em Tempo
                               Alguém conhece este sindicalista 'pé de chinelo'?                                               
                                                                            Imagem da imprensa da época - Arquivo do PT NH                                       1982 - Olivio Dutra candidato a Governador


                                                                                     Foto - Site PT nacional 
 Homenagens aos nossos

                                                                                                                                                    Foto PT NH                                            Milton Rosa e o jardim de infância petista


                                                                                                           Foto Arquivo Sindicato sapateiros NH                                                                      Milton Rosa e Lula

 

                                                                                    Foto jornal NH - Arquivo PT NH                                                                                         Milton Rosa

 

                                                                                                                              Arquivo PT NH
 

                                                                                                                 Arquivo PT NH
                                                                                                                    Foto - Arquivo PT NH
                                                                       Nelson de Sá

                                                                                        Foto Gilnei AndradeGilnei, Armando Ramon, Edith e Olivio

                                                                                                               Foto - Arquivo PT NH  
                                                                           Foto - Sindicato dos Metalurgicos NH    
                                                                                                          Foto Gilnei Andrade - PT NH                                             José Theodoro, o Junior com Olivio Dutra


O PT no poder

                                                                  Arquivo PT Nacional
1980 - Lula e o poder

                                                        Arquivo PT Nacional 2003 - Lula e o poder

Fidel e Lula

                                                             Foto - Assembleia Legislativa RS - Gabinete Dep.Est. Zulke
                                                                 Zulke, Tarcisio e Lula

O PT E AS ELEIÇÕES

                                                                                                   Arquivo Ederson Rodrigues                                    1988 - Milton Fagundes, vereador eleito Novo Hamburgo

                
                       Arquivo Ederson Rodrigues 1988 - Ronaldo Zulke, vereador eleito - São Leopoldo

Candidatos a prefeito/vice - PT NH

                                                                                             Arquivo PT NH                                          1982 - Gilmar Cardozo e Marlise Grings , a Lú

                                                                                                                         Arquivo PT NH                                                 1988 - Genésio Bobsin e Inácio Fritzen

                                                     Arquivo PT NH 1992 - Milton e Luiza

                                                                           Arquivo PT NH 1996 - Tarcisio e Gilnei
 

                                                                                                                                 Arquivo PT NH
                                                   2000 - Alécio Bloss e Florizeu Campos

                                                                                                                                    Arquivo PT NH
                                                                                   2004 - Tarcisio e Jurema

                                                                                                               Arquivo PT NH                                      2005 - Jurema e Paulinho (eleição suplementar)

                                                                                                                    Foto - Arquivo PT NH
                                  2004 - Betinho, Anita e Ralfe, bancada petista eleita


 
                                                          Foto - Arquivo PT NH 2008 - Após 28 anos de luta, com Tarcísio Zimmermann e Lorena Mayer, o PT vence
as eleições e chega a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo.