João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

domingo, 11 de outubro de 2009

19. Mel

Pelas mãos desse menino chegam a seu destino essas flores especiais. São flores enviadas por alguém que te amou há muito tempo atrás. Por isso são importantes, receba-as com devoção, elas quebram um feitiço que nasceu de uma paixão. De novo é outono - dezoito dias se foram desde que maio chegou - e a mais linda bruxinha da minha vida não voou. Uma flor sempre é linda e o romantismo não morreu, saiba que te amo ainda e que o último romântico sou eu:

Quando estava em você
e você estava em mim,
me dizias pra deixar,
que era bom ficar assim.
E agora porque não dizes
onde andas, por favor,
como vou chamar de amiga
quem já chamei de amor.

Quando te conheci
nasceu em mim um novo dia,
no momento que te vi
soube que serias minha.
Foste minha esperança,
tudo que um homem quer,
com teu jeito de criança
e teu corpo de mulher.

Quando estava em você
e você estava em mim,
me dizias pra deixar,
que era bom ficar assim.
E agora porque não dizes
onde andas, por favor,
como vou chamar de amiga
quem já chamei de amor.

Mas na vida nem tudo
foi feito para dar certo,
quanto mais eu te amava
menos tu estavas perto,
sei que gostavas de mim
mas era por outro que sonhavas,
mesmo em nossos momentos
fui apenas fantasia
porque no teu pensamento
era outro que te tinha.

Quando estava em você
e você estava em mim,
me dizias pra deixar,
que era bom ficar assim.
E agora porque não dizes
onde andas, por favor,
como vou chamar de amiga
quem já chamei de amor.

Não tive como impedir que,
numa sexta-feira de abril,
tu partisse, fosse embora
ficaram somente as lembranças,
de cada dia, cada hora,
tantas coisas vividas pela gente,
banhos tomados a dois
espuma em corpos quentes.

Quando estava em você
e você estava em mim,
me dizias pra deixar,
que era bom ficar assim.
E agora porque não dizes
onde andas, por favor,
como vou chamar de amiga
quem já chamei de amor.

A massagem improvisada
te fazia suspirar,
tuas pernas me abraçavam
não queriam me soltar.
Nos teus olhos morenos,
e nos teus lábios gostosos,
nos teus seios pequenos
e no colo aconchegante
eu todo me entreguei
e o que ouvi nesse instante
nunca mais esquecerei...
mais fácil as abelhas
esquecerem de fazer mel
do que eu esquecer teu nome,
minha vida, meu amor, meu céu...

Quando estava em você
e você estava em mim,
me dizias pra deixar,
que era bom ficar assim.
E agora porque não dizes
onde andas, por favor,
eu não sei chamar de amiga
quem já chamei de amor.


Gilnei Andrade
Novo Hamburgo - 1987

sábado, 10 de outubro de 2009

As fronteiras do país farroupilha

FICÇÃO

Na versão do historiador Mário Maestri, o Rio Grande do Sul seria conhecido pelos vizinhos como a República do Pampa Ao propor um exercício de ficção, o caderno Cultura convidou o historiador Mário Maestri, o jornalista e escritor Elmar Bones e o professor de literatura Luiz Horácio para escrever sobre a Revolução Farroupilha (1835 – 1845).

Na nova e diferente guerra dos três autores gaúchos o final é outro. Não bate, claro, com o conflito real, que eclodiu no fim da noite de 19 de setembro, na Ponte da Azenha, em Porto Alegre. Os imperiais e farroupilhas se enfrentaram 118 vezes, com 3,4 mil mortos, em dez anos. O número de feridos nunca foi calculado.

“Após concentrar suas forças na luta contra as insurreições do Pará, do Maranhão e da Bahia, os exércitos imperiais conheceram graves derrotas no Sul, concluídas com a rendição do barão de Caxias, após o desastre brasileiro na batalha do Cerro de Porongos, em 15 de novembro de 1845. Dois anos mais tarde, o Brasil reconhecia a independência e estabelecia relações com a República do Pampa, nome assumido pela antiga província de São Pedro do Rio Grande do Sul”.

As tendências históricas, materializadas na ação concreta das classes embaladas pelas suas necessidades sociais, levaram a que o parágrafo inicial constitua mero exercício de imaginação sobre eventual registro, em manuais escolares brasileiros de 2009, da hipotética vitória da secessão farroupilha. Elucubração que talvez encontre justificativa na celebração privada e pública incessante e irrefletida do movimento separatista, promovido em 1835-45, pelos latifundiários escravistas do meridião rio-sulino.

As fronteiras pampianas não seriam as de hoje, demarcadas, ao norte, pelos rios Mampituba e Pelotas, e, ao sul, pelo arroio Chuí. Uma forte crise imperial permitiria que a eventual raia republicana setentrional abiscoitasse parte do território catarinense.

Porém, é mais provável que a jovem república tivesse seus limites nos rios Jacuí-Ibicuí, permanecendo brasileiros Porto Alegre e todo ou parte do norte da antiga província de São Pedro. A população livre da capital libertou-se e resistiu às tropas farroupilhas, apoiada ativa ou passivamente pela comunidade colonial-camponesa alemã, que nada tinha a ganhar e muito a perder com os republicanos da Campanha. Pela indômita resistência, Porto Alegre, três vezes cercada e bombardeada pelos farroupilhas, ostenta, hoje, no seu brasão, a consigna de “leal” – ao Império – e “valorosa” – diante dos republicanos.

A República do Pampa possuiria população diminuta e de perfil étnico diverso que o atual. Como no resto do Brasil, os grandes proprietários fundiários sulinos sempre se opuseram ao assentamento de camponeses.

A imigração alemã não seria retomada, com a fundação de Santa Cruz [1847], e as quatro colônias italianas imperiais [1875] seriam desviadas para territórios brasileiros. A república latifundiária não conheceria o impulso demográfico e a acumulação de capitais permitidos pela proliferação de economias familiares nascidas da vaga colonial-camponesa europeia. Portanto, nada de vinho, nada de cerveja, nada de polenta, nada de indústria! A própria economia pastoril conheceria forte golpe com a secessão. Sem o apoio das províncias centrais brasileiras, o tráfico de trabalhadores escravizados seria abolido, sob a pressão inglesa. As fortes perdas de cativos para o Uruguai, durante a guerra de independência, seriam repostas com dificuldade e a necessidade de fortalecer os exércitos pampianos levaria à abolição da escravatura, como nas repúblicas vizinhas. Um ponto para os republicanos!

A produção charqueadora-pastoril sofreria com a falta de mão de obra para ser explorada. Os fazendeiros farroupilhas do norte do Uruguai, entre eles o general Netto e Francisco Pedro de Abreu, se submeteriam comportados às leis da nação vizinha, ou seriam expulsos a patadas, pelo presidente blanco, como Atanásio Aguirre, pois não poderiam esconder-se sob a bandeira dos exércitos imperiais, como fizeram em 1851 e 1865. O estrangulamento da imigração camponesa alemã e a inexistência da italiana, polonesa, judia, etc. materializariam o destino pastoril sonhado pelos chefes e ideólogos farroupilhas para a antiga província.

Como no Uruguai, na República do Pampa não brotariam as indústrias artificiais, contra as quais os descendentes políticos farroupilhas – liberais, federalistas, libertadores, udenistas, neoliberais etc. – mobilizaram-se e mobilizam-se. Cidades como Caxias, Marau, Santa Cruz do Sul não existiriam nas fronteiras da nação farroupilha. A saída seria transformar os pampas em um imenso deserto verde, igual que o Uruguai atual!

A grande novidade seria o fortíssimo MOUBRAPAM (Movimento pela União do Brasil e do Pampa), nascido durante os motes populares ocorridos em Bagé, a capital mais populosa cidade do Pampa, quando da quinta desvalorização do estribo, moeda nacional da República, após a crise de 2008. Tudo no início do segundo mandato do presidente Tonico Augustus Nico Fagulhas, que se encerra em 20 de setembro de 2010. Caso não modifique a constituição para concorrer ao terceiro.

* Mário Maestri, historiador, é professor do Curso
e do Programa de
Pós- Graduação em História
da Universidade de Passo Fundo

FONTE: http://www.zerohora.com.br/
19 de setembro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

18. Como el Uruguay no hay

Participei da XIV edição do Fórum de São Paulo, em Montevideo, como delegado do PT - Partido dos Trabalhadores. O Encontro ocorreu nos dias 23, 24 e 25 de junho de 2008 e da delegação brasileira de cerca de 60 pessoas, mais da metade deslocou-se de onibus saindo de Porto Alegre.

                                        

Saímos de Porto Alegre no feriado da quinta-feira e atravessamos a fronteira por Chuí. Chegamos a Montevideo na manhã de sexta-feira e o chefe da delegação, Gilson Gruginskie foi promovido a sargento porque nos levou direto para o local da reunião, sem banho e sem descanso, após 12 ou 13 horas de viagem.


                                       

O Forum de São Paulo realizou-se no Parlamento del Mercosur (foto acima) um prédio muito bonito, onde antes funcionava o Paque Hotel, um hotel-cassino, na Lhambra Sur. O cassino continua funcionando bem ao lado do local onde ficamos, mas o 'sargento' Gilson deixou claro que, como delegação do partido do Lula, devíamos ser exemplares. Quem peleia contra os bingos no Brasil, não pode nem pensar em caça-níquel ou roleta no Uruguay...

Parte da delegação gaúcha na foto acima.
Ficamos hospedados no Hotel Richmond na San Jose, no centro. A propaganda da internet mostrava um hotelzinho pequeno e agradável, como a maioria dos hotéis baratos de Montevideo. Mesmo com a impressão de propaganda enganosa o hotelzinho foi uma boa experiência. Quem vive de salário e de uma forma simples se sente em casa (acho que em casa a gente abre mais as janelas e combate com mais empenho os ácaros e o cheiro de mofo).


                                        

Como uma criança numa loja de doces me sentia em relação a visita ao Uruguay. Para quem estuda e gosta de História, como eu, tem muita coisa para ver e visitar. Viajei com várias indicações de lojas , livrarias e museus. Tudo bem anotadinho... só faltou combinar com a meteorologia. Houve um desses ciclones, no mar, perto da Argentina e choveu e ventou direto até no domingo, quando começou a melhorar. Conhecí poucos lugares, mas conhecí o pampero, um primo mau humorado do nosso vento minuano. Conhecí também o mormaço, como eles chamam o tempo úmido, frio e feio. Prá mim, mormaço era só um calorão.

                                  

Não fui na maior feira ao ar livre da América Latina, a feira da rua Tristán Narvaja. Não visitei internamente o Teatro Solis, nem a Casa de Garibaldi, nem a Casa de Artigas, nem o Museu Romântico, nenhum dos diversos museus da cidade, nem o estádio do Penharol... No domingo na hora de ir embora fizemos um tour, de onibus, por alguns pontos turísticos da Ciudad Vieja. A Rosa, no microfone do onibus, relembrou sua vivência prática e seus encontros.. políticos, é claro. O Alvaro Alencar revelou-se - teoricamente - um conhecedor dos meandros da noite de Montevideo.

Enfrentamos, durante toda nossa estadia, dois tipos de adversidade: de um lado o tempo, com mormaço e pampero, que não deixavam a gente sair para lugar algum e de outro o Gilson, sempre de olho, para impedir o desgarramento da delegação. Na manhã que chegamos - sexta - os delegados foram divididos em três talleres (grupos ou oficinas): Andino amazônico, Cone Sul e Caribenho/Mesoamericano. A maioria dos nossos delegados ficaram no taller Cone Sul. Aos poucos fomos nos ambientando e descobrindo os demais brasileiros no Encontro. O Secretário de Relações Internacionais do PT nacional, Valter Pomar, era o sub-comandante da delegação onde também estavam o Nilmário Miranda, de Minas, o José Eduardo Cardozo e o Joaquim Soriano de São Paulo, o Raul Pont e a Maria do Rosário do Rio Grande, entre outros. O PCdoB e o PCB também participaram do Encontro.

Na tarde do primeiro dia houve nova divisão em três grupos dessa vez: juventude, gênero e parlamentares. Nos atrasamos para a parte da tarde porque fugimos da vigilância do Gilson e fomos almoçar no Mercado da Ciudad Vieja. Eu, a Sandra, a Magda Flores e o Lucio Costa provamos a 'parrijada' e um belo vinho. Na mesa ao lado o Alvaro Alencar e o Joaquim Soriano pareciam dois monges medievais tal a felicidade no semblante e no sotaque. No mercado dei-me conta que os brasileiros haviam invadido a cidade. Em todos os bares e restaurantes, nos corredores estreitos e na fila do banheiro falava-se mais português que espanhol. Se houvesse alguma unidade de objetivos poderíamos ter retomado a ideia da Província Cisplatina. Mas que nada, os brasileiros só queriam passear, comprar, comer, beber e dar risadas...

Andamos muito de táxi. Esse meio de transporte é barato, os carrinhos são pequenos, parecidos com o do Mr. Bean e os motoristas adoram tirar fininho dos outros carros. Os taxis lembram as viaturas antigas da Polícia Rodoviária Federal, são pretos com o teto amarelo. A Magda animou-se a tal ponto que teve de ser contida para não surrupiar um táxi e sair dirigindo enlouquecida pelas ruas de Montevideo. Já um companheiro nosso, da juventude de Bagé, não se conteve e surrupiou o coração de um taxista local que deve estar, até hoje, suspirando de paixão. Na volta de uma festa nosso companheiro de Bagé repousou seu cansaço no ombro amigo do motorista.

Gilnei e Guillermo
Outra grata surpresa da delegação foi o companheiro Guillermo (foto acima), o mais brasileiro dos uruguaios. Foi nosso mestre e mentor intelectual, nossa mão amiga em todas as situações de dificuldade com o idioma, com a localização na cidade, com a história dos tupamaros e da esquerda no Uruguay, com as diferenças culinárias e principalmente com o câmbio. Quem diria nosso grande 'Guilhermino', um internacionalista, socialista e histórico militante esquerdista tornou-se o cambista oficial da delegação atrapalhada com as cotações do dólar, do real e do peso.

Nesta foto, tirada num raro momento de turismo estou defronte o belo Palácio Legislativo. 
Com algum esforço você vai conseguir enxergar tanto quanto eu enxerguei, ou seja, quase nada.
                           
No segundo dia foi possível sentir o nervosismo de alguns jornalistas que farejavam guerrilheiros colombianos portando fuzis automáticos soviéticos. Sintomático como a revista Veja, do Brasil, ocupou o lugar da antiga 'Seleções' na condição de preferida da Central de Inteligência Americana. A delegação gaúcha chegou a discutir sobre a necessidade de esconder as bombas de chimarrão para não dar informações ao inimigo sobre o potencial do nosso arsenal bélico. Mas deixou por isso mesmo já que não valia a pena gastar pólvora com chimango...


Nesta foto o Palácio Legislativo aparece em toda sua exuberância. Eu não estou nela porque 
em dias claros de sol e céu azul não faço turismo, permaneço em reuniões nas salas fechadas.
                                     
Durante o sábado realizaram-se duas sessões plenárias uma de balanço político e outra, á tarde, sobre os processos de integração. No domingo, último dia do Encontro, houve nova plenária discutindo "A Esquerda no Governo" e, á tarde, houve a aprovação da Declaração Final do Encontro e votação das resoluções apresentadas. Os principais pontos de discussão do Fórum de São Paulo foram a denúncia e a condenação da política de guerra preventiva na América Latina, a atuação dos Estados Unidos na Colômbia e a conseqüente invasão do território equatoriano pela Colômbia, apoiada pelos norte-americanos. Também foi saudada a vitória de Fernando Lugo nas recentes eleições do Paraguai que simboliza o ingresso de mais um país no mapa das forças progressistas e de esquerda no continente. O apoio ao governo de Evo Morales que enfrenta ameaças de sublevação e autonomia de determinadas regiões da Bolívia controladas pela oposição foi muito citado.

O secretário geral do PT - Partido dos Trabalhadores, José Eduardo Cardoso, defendeu o apoio ao governo de Evo Morales, que tem pela frente uma difícil jornada com o referendo revogatório que será realizado no dia 10 de agosto. José Eduardo Cardoso falou sobre os desafios do PT que concorrerá em 2010, sem Lula como candidato, mas, mesmo assim, o dirigente brasileiro acredita que existam condições efetivas para unir forças progressistas e garantir um terceiro mandato do PT no governo federal.
Durante a última plenária do Forum de São Paulo, no domingo, as discussões sobre o Tratado de Itaipu e sobre as imigrações políticas e econômicas que esvaziam países latino americanos e, cada vez mais, engrossam a fila de ilegais nos Estados Unidos, Europa e Japão foram as únicas polêmicas. A comitiva paraguaia conseguiu, no último momento, incluir no documento uma resolução que afirma o FSP como mediador e apoiador do Paraguai nas renegociações de tratados hidroelétricos com o Brasil e a Argentina.


Levei algum tempo para me dar conta de algo simples e genial, algo que a gente vê tanto que demora para compreender. Montevideo lembra Porto Alegre: a ciudad vieja e o mercado, as avenidas floridas, os prédios históricos e também a avenida a beira-mar com o Rio da Prata e o Atlântico no lugar de irmãos mais velhos do Guaíba. Mas tinha algo charmoso no ar, a cidade parecia aberta enchendo nossos olhos e Porto Alegre, não. Até que... caiu a ficha.


                              
Eu, o senador da Frente Ampla, Jose Mujica e a Sandra

Na chegada antes de Montevideo eu ví, e depois não ví mais, pequenos out-doors no chão cuja imagem tinha algum movimento. Mas eram pequenos, pouco mais de um metro quadrado e ficavam nas esquinas das ruas. Depois na área central não os avistei mais e ao buscá-los com os olhos ví algo muito mais majestoso, a beleza do invisível. Montevideo não tem outdoors, nem luminosos nem propagandas gigantescas escondendo a cidade. Ela parece mais aberta porque é mais aberta, linda, despoluída, desnuda... Porto Alegre também pode ser assim ou voltar a ser assim, basta despí-la da poluição visual...

  
                                               

No encerramento do Encontro o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega homenageou vários lutadores dos partidos de esquerda da América Latina,  empolgou-se e fez um longo e chato discurso. Inspirou-se em Fidel ou em Hugo Chavez cujos discursos duravam horas. Ao citar, com pesar, a morte de Tirofijo, comandante histórico das Farc alimentou a sanha dos caçadores de guerrilheiros infiltrados na imprensa.




Eu, pessoalmente, apreciava mais o Daniel Ortega, comandante da Frente Sandinista nos anos 80. Aquele Ortega, mais carismático e conciso, não perderia para o sono a atenção de um plenário tão qualificado.

Agradecimento a todos integrantes da delegação e à Clarissa Pont, filha do Raul, de cuja matéria jornalística para a Agência Carta Maior emprestei algumas informações.

PS - Na iminência da vitória eleitoral de José Mujica da Frente Ampla para a presidência do Uruguai volto a postar o artigo abaixo sobre o Foro de São Paulo realizado em junho de 2008.

Gilnei Andrade
em outubro de 2009