João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

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O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Submarino nazista é achado em SC

Pesquisador encontra o submarino alemão U-513, o “Lobo Solitário”,
naufragado em 1943 no litoral sul do Brasil

por Heloísa Broggiato

Durante uma regata entre Vila Velha, no Espírito Santo, e a ilha da Trindade, na costa brasileira, a bordo do veleiro Aysso, Vilfredo Schürmann ouviu falar do naufrágio de um submarino alemão no litoral de Santa Catarina. O capitão não sossegou enquanto não encontrou a embarcação no fundo do mar. Foram 18 mergulhos até identificar os restos do submarino alemão U-513, naufragado em 19 de julho de 1943.

O Lobo Solitário, como era conhecida a embarcação, era comandada por Friedrich Fritz Guggenberger, oficial condecorado com a Cruz de Ferro pelo próprio Adolf Hitler, por ter afundado um porta-aviões inglês, o Ark Royal.

A busca do U-513 foi realizada com o apoio do governo de Santa Catarina, e o local do naufrágio foi encontrado graças às anotações contidas no diário de bordo do navio americano Barnegad, que resgatou sete sobreviventes de um total de 53 tripulantes, conta Schürmann. O diário registrava também as coordenadas de um ponto próximo ao local onde o equipamento nazista afundou, fornecidas por um instrumento do hidroavião americano que abateu o submarino. “Com essas coordenadas o localizamos”, explica o capitão. O próximo passo de Schürmann é transformar a história em documentário.

Heloísa Broggiato é jornalista, tradutora, cientista política e mestre
em política internacional e segurança pela Universidade de Bradford, na Inglaterra.


10 de outubro de 2011 Fonte: Revista História Viva
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/submarino_nazista_e_achado_em_sc.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Prefeitura NH e Governo RS abrem a 26ª Mostratec



A abertura oficial da 26ª edição da Mostra de Ciência e Tecnologia (Mostratec) mostrou que Novo Hamburgo está no mapa dos grandes e inovadores eventos internacionais que, a cada ano, desenvolvem e aprimoram setores estratégicos da economia local para o mundo. Na tarde de terça-feira, 25 de outubro, o prefeito Tarcísio Zimmermann recebeu o governador Tarso Genro de abraços abertos nos pavilhões da FENAC para evidenciar uma nova cultura que se perpetua, principalmente, nas atividades profissionais de jovens inovadores: utilizar a produção da sociedade da informação e do conhecimento a favor da igualdade, dignidade e cidadania.

O evento é realizado pela Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha. A feira seguirá até o dia 28 de outubro na FENAC (Rua Araxá, 505, bairro Ideal). Mais do que firmar uma parceria no incentivo e no desenvolvimento do universo científico, Prefeitura e Estado se mostraram aliados na defesa às causas sociais. “Em todos os anos do meu mandato, é a primeira vez que recebo o governador do Rio Grande do Sul na Mostratec. Isso mostra o comprometimento que o Estado vem desempenhando, em parceira com Município, na implementação de recursos que beneficiem a comunidade”, frisou o prefeito.

Durante a solenidade de abertura da 26º edição da Mostratec, Tarcísio aproveitou a presença de integrantes do Programa de Proteção de Jovens em Situação de Vulnerabilidade (PROTEJO) de Novo Hamburgo para reiterar alguns avanços, entre eles a implementação do Território de Paz no bairro Santo Afonso. Em resposta, Tarso Genro salientou que toda e qualquer ação social está sustentada por inovações do campo científico, que gera soluções a curto e a longo prazo para toda a sociedade. “Com acúmulo de inteligência científica e tecnológica, a humanidade poderá criar condições de vida digna para todos e eliminar a carência de recursos”, ressaltou.




Após a abertura do evento, prefeito, governador e demais autoridades passearam pelos corredores da feira e conheceram novas pesquisas e produtos de interesse de toda população. A coordenadora da Mostratec, Marlene Christel Grams Teixeira, apontou a importância e a dimensão que o evento proporciona ao Município. “Aqui não temos apenas a participação de estudantes e profissionais do Estado, mas de todo Brasil e de países que representam os cinco continentes. A Mostratec é uma feira multicultural. Daqui saem soluções e inovações para o mundo”, concluiu.

Também estiveram presentes na abertura os secretários estaduais de Educação, José Clóvis de Azevedo, e de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, além do secretário municipal de Educação e Desporto, Alberto Carabajal, e demais representantes da Administração.

Fonte: www.novohamburgo.rs.gov.br
                                                                                                                25/10/2011 18:30

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Album nazista do NYTimes


 

Um misterioso álbum que contém dezenas de fotografias inéditas da Segunda Guerra Mundial, nas quais aparecem desde Adolf Hitler a prisioneiros de um campo de concentração na Bielorrúsia, foi descoberto em Nova York. http://www.blogger.com/img/blank.gif

O jornal "The New York Times" teve acesso ao livro fotográfico, do qual se desconhece tanto o autor das imagens como seu proprietário - sabe-se apenas que este último é um "homem da indústria da moda que trabalha em Manhattan" e que preferiu ficar no anonimato, segundo matéria publicada nesta terça-feira pelo jornal nova-iorquino. As fotos em preto e branco não apresentam nenhuma referência de quando ou onde foram tiradas, o que levou o jornal a pedir a seus leitores que ajudem a resolver o mistério de quem estava por trás da câmera.

 

A particularidade deste álbum não é apenas o fato de ter permanecido em segredo durante vários anos, mas por reunir tanto soldados nazistas como as vítimas do extermínio em massa, todas elas registradas de perto, o que demonstra que o fotógrafo tinha acesso tanto às tropas de Hitler como aos campos de concentração.

Em uma das páginas do álbum pode ser visto um prisioneiro do que parece ser um campo em Minsk (Bielorrúsia) por volta de 1941, muito magro e coberto por uma manta enegrecida, ao lado de outra imagem na qual aparece um grupo de prisioneiros com a Estrela de Davi pintada sobre a roupa. Adolf Hitler aparece em quatro páginas do livro, rodeado de militares, esperando em uma estação de trem a chegada do então regente da Hungria, Miklós Horthy, segundo as averiguações do "The New York Times".

 


O autor das imagens também documentou o trajeto pelo Leste Europeu de um ônibus do Partido Nazista, um grupo de enfermeiras saudando Hitler em uma estação de trem, uma família com seis filhos imersa na pobreza e as ruínas de uma cidade destruída após bombardeios. "Este álbum se diferença da maioria dos demais pela qualidade de suas fotografias", disse ao jornal a diretora da coleção de fotografia do Museu do Holocausto dos Estados Unidos, Judith Cohen.


A especialista garantiu também que o autor das imagens "era claramente um profissional e sabia o que fazia", por isso "provavelmente" integrava o comitê de propaganda do Partido Nazista. "Eu sabia que tinha um pedaço de História", reconheceu o proprietário do álbum, que agora quer vendê-lo para sair de uma situação econômica desfavorável.

"Estava muito preocupado que caísse nas mãos erradas. Mas agora minha necessidade é grande demais", disse o misterioso proprietário ao jornal.

Fonte: EFE

http://lens.blogs.nytimes.com/2011/06/21/mysteries-of-a-nazi-photo-album/

http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5198524-EI188,00-

Misterioso+album+com+fotografias+ineditas+de+Hitler+e+encontrado+em+Nova+York.html

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,misterios-de-um-album-de-fotografias-nazista,735410,0.htm

http://holocausto-doc.blogspot.com.br/2007/09/fotos-inditas-do-holocausto.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ollanta Humala eleito do presidente do Peru



“Os que não querem a verdade são aqueles que deram as ordens”

A poucas horas das eleições presidenciais no Peru, o líder da Frente progressista, Ollanta Humala, destaca, em entrevista ao jornal Página/12, a importância dos julgamentos pela violação dos direitos humanos, detalha como serão as políticas sociais que pretende implementar em seu governo, caso seja eleito, e diz por que a opção por Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, representaria uma volta ao passado. No plano da política externa, Humala diz que sua prioridade será a consolidação da Unasul e da unidade latinoamericana.

“Vou ganhar amanhã”, diz Ollanta Humala. Ele está tranquilo, confiante. O candidato da Frente Progressista Gana Peru, que neste domingo disputa o segundo turno da eleição presidencial com a direitista Keiko Fujimori, concedeu uma entrevista exclusiva ao Página/12, abrindo um espaço em sua agitada agenda. Humala tinha acabado de rechaçar, em uma entrevista coletiva, a acusação lançada por Roger Noriega, subsecretário de Estado para a América latina da administração de George W. Bush, de que Hugo Chávez estaria financiando a sua campanha. “Isso é uma mentira, uma calúnia. Não há nenhuma prova para essa afirmação”, disse Humala.

Na conversa com o Página/12, o candidato falou de suas principais propostas, do que seria um eventual governo seu sem maioria parlamentar, de direitos humanos, de sua rival Keiko Fujimori e do papel que a Unasul teria em sua política externa.

- Você disse que o presidente Alan García apoia a candidatura de Keiko Fujimori. Confia na limpeza do processo eleitoral?
Humala – Nós vamos respeitar a vontade popular e vamos defendê-la. Há indícios que trazem preocupação quanto à transparência do processo eleitoral, Há uma clara intervenção do presidente García em favor do projeto autoritário de Keiko Fujimori. A Diroes (quartel policial onde está detido Alberto Fujimori) é o principal local de campanha do fujimorismo, desde onde Alberto Fujimori, que está preso por corrupção e violação dos direitos humanos, decide a estratégia de seu partido. Outro fato preocupante é a denúncia feita sexta-feira pelo jornal La República sobre a interceptação de minhas conversas e as de meus familiares e assessores políticos. Nós reconhecemos essas conversas e algumas delas foram feitas na sede do partido e não por telefone. A única instituição com capacidade de fazer essas interceptações é o serviço de inteligência e para que faça isso precisa ter a luz verde do presidente da República. O governo deve explicar isso.

- Se você ganhar a eleição, será por uma margem estreita e em um país polarizado e dividido em dois, sem maioria no Congresso...
Humala – Como força política responsável e com memória entendemos a mensagem que a população deu no primeiro turno, quando o povo nos deu a primeira maioria, mas não uma maioria absoluta, como um pedido para que ampliássemos nosso programa, o que implica um governo de concertação nacional, capaz de consensuar algumas propostas. Neste esforço de concertação conseguimos o apoio de forças sociais, trabalhistas e políticas importantes, como o partido Peru Posible (do ex-presidente Alejandro Toledo), com o qual podemos garantir a estabilidade democrática no Congresso, já que com essa força podemos ter maioria parlamentar, o que a congressista Fujimori não pode conseguir, uma vez que não tem maioria. No grupo dela, há gente que trabalhou diretamente com Fujimori e, quando não tiveram maioria, fecharam o Congresso.

- Você falou de fazer concessões para conseguir essa concertação. Até onde vão essas concessões em suas propostas? O que não é negociável?
Humala – Não vamos retroceder em fazer com que o crescimento econômico venha acompanhado de inclusão social. Para que haja inclusão social temos que assegurar políticas sociais como o Programa Pensão 65, para os maiores de 65 anos que não têm uma pensão; um programa de nutrição infantil nas escolas; um programa de creches; defender os direitos trabalhistas; elevar o salário básico de 600 para 750 soles (cerca de 220 dólares) no primeiro ano de governo; um aumento de salário aos policias para melhorar a segurança; investir na infraestrutura, como aeroportos, portos, estradas, escolas, hospitais, ferrovias - o país tem hoje um déficit de 40 bilhões de dólares em infraestrutura pública -, por meio de parcerias público-privadas. Queremos consolidar o processo de descentralização para melhorar o investimento público; ampliar o programa Juntos (que paga 35 dólares mensais aos setores mais pobres) de cerca de 500 mil beneficiários para 900 mil; ampliar os orçamentos dos programas sociais de restaurantes populares e do copo de leite. Queremos entregar bolsas aos melhores estudantes das escolas públicas para que tenham acesso a uma carreira universitária; desenvolver uma política para o retorno dos três milhões de peruanos que vivem no exterior, a maioria em situação ilegal. Não vamos retroceder em nossa disposição de implementar essas políticas sociais.

- Como ex-militar, qual sua posição frente aos julgamentos de militares por violações de direitos humanos?
Humala – Para que haja reconciliação, primeiro é preciso que se conheça a verdade. As autoridades devem dar todas as condições à Justiça para que se esclareçam as denúncias e se saiba a verdade. Os soldados que combateram com honra querem que as denúncias sejam esclarecidas, porque quando se suspeita de um se suspeita de todos. Os interessados em que não se conheça a verdade são aqueles que deram as ordens para violar os direitos humanos. Nunca mais devemos regressar à ditadura fujimorista na qual desapareceram estudantes, na qual se matava, se esterilizavam mulheres contra sua vontade. O que foi feito no país em matéria de direitos humanos foi uma vergonha. O Estado tem uma dívida com sua população em matéria de direitos humanos. Nós defendemos os direitos humanos.

- Em sua opinião, como seria um futuro governo de Keiko Fujimori?
Humala – Ela traz consigo as mesmas pessoas que governaram com seu pai. Com eloa está o doutor Alejandro Aguinaga, que fazendo lembrar o tempo da Alemanha nazista, como ministro da Saúde de Fujimori, esterilizava as mulheres contra sua vontade. Mais de 300 mil mulheres pobres foram esterilizadas contra sua vontade. Sua porta-voz de direitos humanos (MIlagros Marayi) coordenava no governo de Fujimori, com Vladimiro Montesinos (braço direito de Fujimori e encarregado dos trabalhos sujos), o trabalho de como livrar a cara do regime em função das acusações de violações dos direitos humanos. Ela mesma reivindica seu pai como o melhor presidente do Peru. E a menção ao governo de seu pai ocorreu apenas agora na campanha do segundo turno.

- Alberto Fujimori goza de uma série de privilégios no quartel policial onde está preso. O que seu governo faria diante desta situação?
Humala – Ninguém deve ter privilégios. Quando uma pessoa é condenada deve ir para a prisão e não para um quartel policial.

Quais serão as prioridades de sua política internacional?Humala - Vamos participar com entusiasmo da consolidação da unidade latino-americana. O fortalecimento da Unasul será uma prioridade de nossa política externa. Nós vemos com muito interesse a consolidação da Unasul. Vamos estreitar as relações políticas e econômicas e de integração com os países da região. Não vamos ideologizar as relações internacionais, mas sim vamos construir uma agenda positiva com todos os países irmãos.

- Você tem ressaltado suas concordâncias com o presidente Lula. O Brasil é um modelo a seguir por seu governo?
Humala - O do Brasil é um modelo exitoso, mas o Peru é diferente do Brasil. Temos economias distintas, realidades diferentes. Da experiência do Brasil, queremos resgatar uma condução prudente e adequada da política econômica, e um crescimento econômico que permita a inclusão social e a diminuição da desigualdade social.

- O acordo do Arco do Pacífico (acordo de cooperação econômica do Peru com o Chile, a Colômbia e o México) firmado pelo presidente García ainda não foi ratificado. Você pretende levá-lo adiante ou revisá-lo?
Humala - Os acordos firmados pelo Estado têm que passar pelo Congresso e aí precisam passar por um debate para serem ratificados. Este acordo terá que ser debatido no Congresso.

Como você vê o governo de Cristina Kirchner?
Humala – É um governo democrático que vem resolvendo seus problemas, Nós queremos melhorar nossas relações com a Argentina, respeitando a política interna do governo argentino. Parte da boa vizinhança é não se meter nos assuntos internos de outros países.

Por que você quer ser presidente?
Humala – Eu sou pai de família. Tenho três filhos, o menor de cinco meses, e me coloco na posição de milhões de peruanos que estão iniciando uma família e que querem que seus filhos tenham oportunidades por meio de uma educação de qualidade e de uma boa saúde, e que quando saiamos para a rua com nossas famílias não sejamos assaltados. E se nos roubarem queremos encontrar justiça. Não queremos um país corrupto. Quero ser presidente porque quero que o crescimento econômico se converta em qualidade de vida. Quero construir o futuro.

Você pensava em ser presidente desde que era oficial do exército?
Humala – Não, eu queria ser comandante geral do exército. A circunstância que mudou minha vida foi o levante que fiz em Locumba contra a ditadura fujimorista. Foi um levante dentro de um processo de convulsão social no qual o povo peruano tinha se levantado contra a ditadura. Depois disso, inclusive quis recuperar minha carreira militar e estive no exército até o ano de 2004 como militar na ativa. Quando me passaram para a reserva decide reorganizar minha vida e foi aí que ingressei na política.

Tradução: Katarina Peixoto
www.cartamaior.com.br
Matéria da Editoria:
Internacional