João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Os Primeiros Jornais do Brasil


or causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa, o Brasil tardou a conhecer a imprensa. Data de 10 de Maio de 1747 a ordem régia de D. João V, executando o seqüestro de todas as letras de imprensa que se encontrassem no Brasil. Somente em 1808 é que surgem os dois primeiros jornais brasileiros. Em junho, o Correio Braziliense, editado e impresso em Londres pelo exilado Hipólito da Costa e em setembro do mesmo ano, a Gazeta do Rio de Janeiro. (...)


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pedro Adams filho e família


http://memoriadopovoalemao.blogspot.com.br/search?q=pedro+adams+filho




Na foto tirada no início da década de 1930, está o empresário Pedro Adams Filho, pioneiro da indústria calçadista em Novo Hamburgo, com a segunda esposa e os filhos do primeiro e do segundo casamento, na cidade de Porto Alegre. Pedro Adams Filho faleceu na metade da década de 1930.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Obras Hospital Sagrada Familia - S.S. do Caí 1936



O construtor Eugênio Eyb projetou e ajudou a erguer muitas obras importantes no Caí e região. Inclusive várias igrejas. Nenhuma obra sua foi maior, entretanto, do que a construção do Hospital Sagrada Família. A foto acima mostra as obras como estavam no ano de 1935. Note-se que a capela do hospital não foi construída na primeira fase da obra, sendo acrescentada anos mais tarde.Também a unidade de psiquiatria não fez parte da construção inicial. O hospital é, até hoje, uma das maiores obras já erguidas no Caí. Entre as igrejas projetadas por ele, estão a luterana do bairro caiense da Conceição, a ampliação da igreja matriz de São Sebastião, no Caí, as igrrejas católica e luterana de Alto Feliz. Foi ele que projetou, também, o altar da igreja católica da Feliz. Nascido na Alemanha, ele veio para o Brasil em 1922, fugindo da miséria que assolou a Alemanha depois da sua derrota na Primeira Guerra Mundial. 
Eugênio Eyb viveu no Cai por várias décadas, até a sua morte, em 1969.

 Foto do arquivo de André Eyb
www.historiasvalecai.blogspot.com

24. A Queda de Nova Paris

Nova Paris caiu num domingo de primavera,
no final de outubro.
Muito foi e continuará sendo
escrito e falado sobre a queda de Nova Paris.
Os comentaristas e cientistas políticos,
os historiadores e os sociólogos
vão se lançar sobre o tema
como abutres sobre a carcaça
e vão elaborar as mais diversas teorias.
Que o façam!!
...
Testemunha ocular das últimas semanas de Nova Paris,
passo a relatar o que vi e vivi sobre a queda.


É uma versão pessoal, engajada e parcial,
escrita no calor da batalha
por alguém que ousou transformar
cada praça e esquina numa trincheira de luta.
Alguém que recusou-se a acreditar
que travava as últimas batalhas 
de uma guerra perdida muito antes.



Um olhar de fora


Conheci Nova Paris
bem antes de nossa chegada ao poder.
Participei das disputas em Nova Paris
quando a maioria da direção do partido era jovem
e saía com gosto de vitória na boca,
mesmo após as derrotas. 
Conheci a velha guarda que,

duas décadas atrás,
ousou conduzir nossos sonhos à realidade.
Em todos esses anos
a experiência de Nova Paris
nos encheu de orgulho e satisfação.
As lágrimas derramadas
nesses vinte anos
foram de emoção e contentamento,
nunca de desencanto ou decepção.

...
Mas não sou de Nova Paris.
Sou um soldado do interior,
onde o exemplo de Nova Paris
foi constante motivo de agitação e propaganda,
uma forte presença
a atemorizar nossos adversários,
uma motivação para a continuidade da luta

e de constantes fustigações
ás administrações tradicionais.

...
Não sabia dos detalhes
da vida em Nova Paris,
ao longo do tempo que governamos,
nem sabia como administrávamos, no dia a dia.
As notícias que sempre nos chegavam
eram animadoras e acreditávamos
que a imensa maioria do povo de Nova Paris
amava e orgulhava-se da experiência
comandada por nossos camaradas.
...
Nos informes que recebíamos

nunca foi mencionado
que em Nova Paris

o comodismo, a burocratização e a arrogância

haviam crescido como a erva daninha 
na estação das chuvas.


O início do fim
 
Sabíamos que nem tudo eram flores.
Nas guerras desses tempos modernos
a vitória não significa a eliminação física
dos adversários e eles continuam,
ano após ano,
eleição após eleição,
buscando formas de nos derrotar.
...
E quando a derrota bateu às nossas portas
o que mais doeu não foi a alegria previsível
no rosto dos nossos adversários.
Doeu mesmo ver
que grande parte do povo
que lutou conosco nos primeiros anos,
comemorava nossa derrocada.
...
Os adversários não vieram de fora
com tanques avançando pelas ruas,
como na Primavera de Praga
ou na Praça da Paz Celestial.
Os mesmos de sempre
lideravam a luta contra nós
e eram apoiados pelos nossos vizinhos,
artistas, pequenos comerciantes
e parcela expressiva dos trabalhadores
que presunçosamente pensávamos representar.

Com a derrota cravada no coração

Tal qual a Canudos de Antonio Conselheiro
à medida que o cerco se fechava
mais gente vinha em socorro a Nova Paris.
Dispostos a resistir
e reverter a qualquer custo
uma derrota anunciada.
...

Não tivemos a recepção esperada,
apesar do carinho e da satisfação do encontro,
chamava nossa atenção
o número reduzido
de soldados da cidade dispostos a lutar.
Na chegada a Nova Paris
descobrimos espantados
que o medo dominava os camaradas.
Nos seus olhos havia temor
em relação ao futuro,
o desalento paralisava suas ações
e impedia a explosão da necessária reação.
...
Quando nas primeiras horas
nos explicaram a situação
que encontraríamos pela frente,
custamos a acreditar.
Disseram-nos das dificuldades
da batalha até aquele momento,
da necessidade de paciência e discrição
evitando enfrentamentos desnecessários

e executando tarefas de apoio
as tropas locais.
Contaram da frustração
de uma grande esperança
de ajuda que viria do Norte.
E do Norte só vieram
nuvens de tempestade
que animavam os adversários.
...


Nos primeiros dias de nossa estada
em Nova Paris houve
questionamentos abertos as lideranças regionais.
Os companheiros que vieram
de diversas regiões para apoiar Nova Paris
tinham, em sua grande maioria,
mais experiência que os dirigentes locais
a quem deviam obedecer.





A esperança esboçou um sorriso



Não aceitamos carregar discretamente
nossos estandartes e ouvirmos,
sem contestar, opiniões cheias de medo,
preconceito e ignorância.
Viemos para o confronto,
para ouvir e contestar, disputar as consciências,
reverter falsos conceitos e opiniões.

...

Viemos para bater e apanhar.
Não aceitamos caminhar por ruas vazias
de bairros fantasmas
onde a burguesia se esconde das próprias culpas.
Queríamos ver a cara do povo,
sentir seu carinho e seu ódio,
xingar e sermos xingados,
pedirmos perdão pela distância
que deixamos nascer
e crescer entre o povo
e aquele que deveria ser seu governo.

...
Agimos acertadamente,
foi bom desobedecermos.
Forçamos um novo acordo
com as direções locais
e tomando as ruas
fomos ao encontro do povo.
A reação do povo foi
quase tão carinhosa como antigamente.
Ao confrontar em plena rua
com um adversário provocador
ou com um trabalhador iludido por eles,
ganhávamos o respeito ou,
pelo menos, a atenção
dos que estavam a sua volta.
...
Nos últimos dias a esperança
chegou a esboçar um sorriso para nós.
Chegamos a pensar
que seria possível a vitória,
que Nova Paris iria resistir
contra tudo e contra todos.
Nas horas derradeiras
ocupamos todos os espaços,
demarcamos nosso território
e festejamos nas ruas.





A noite mais triste e 
mais longa das noites

Mas o inimigo estava convicto
do acerto de sua estratégia.
Não nos enfrentaria nas ruas,
evitaria o confronto aberto.
Unindo todos nossos adversários,
os históricos e os de ocasião
numa grande frente,
consolidou sua posição
onde era forte
e disputou conosco
em nosso território.





Acertou nos detalhes


e bateu onde acusamos
a dor dos golpes.

Dizia-se e mostrava-se igual,
ou muito parecido conosco,

em tudo que fizemos de bom.
Disse que manteria tudo
que tínhamos feito de certo
e foi implacável na denúncia
e no superdimensionamento dos erros
que só eles poderiam mudar.
...
Ressaltaram o quanto
eram parecidos com nós.
Falaram que na grande luta
que se travava no Norte
onde estávamos juntos no mesmo exército.
Foram ouvidos e foram apoiados
por muitos dos que antigamente
estavam conosco aqui no Sul.
...
E assim Nova Paris caiu.
Por uma pequena diferença mas caiu.
E caiu por inteiro
porque não existe meia-derrota.
Na mesma noite daquele dia,
no final de outubro,
saímos de Nova Paris.
Nunca tantos choraram pelas ruas
enxugando nas bandeiras e estandartes
as lágrimas da derrota.
...
Nunca uma curta viagem de retorno
foi tão longa e tão triste.
Nós sentimos na hora
o significado da derrota em Nova Paris
e choramos ao final da luta.
Dentro de Nova Paris,
muitos só foram se dar conta
do que ocorreu nas semanas
e nos meses seguintes
e devem estar chorando até agora.





Nova Paris vive


Esse é o meu relato.
Trata-se das primeiras impressões,
mas busquei retratar
da melhor forma possível
o que ví, ouví e sentí
nos poucos dias de vida
em que fui cidadão de Nova Paris.
Mas não quero que fique,
ao final, uma imagem desoladora,
uma cena de terra arrasada.
O futuro é nosso
e não desses que nos venceram.



Sua energia se consumirá em pouco tempo,
falta-lhes disciplina, ética e coesão interna.
Nós vamos lamber nossas feridas,
tratar os feridos
e honrar a lembrança dos mortos.
Vamos nos fortalecer novamente.
Sabemos que o final do tempo deles
iniciou no primeiro dia.
...
Cada dia para eles será um fardo,
cada promessa descumprida
e cada direito negado será uma luz
iluminando a memória das pessoas.
Aproxima-se o momento
de retomarmos Nova Paris
e de garantirmos, para todos,
o sagrado direito da participação popular
para voltarmos a ostentar aquele jeito
de andar sorrindo nas ruas.
...
As boas sementes,
quando enterradas em solo fecundo,
germinam após a tempestade,
o furacão ou o terremoto.
Voltarei, voltaremos a Nova Paris
e ao lado dos verdadeiros camaradas

vamos ousar lutar
e vamos ousar vencer.

Em breve, muito breve.

Gilnei Andrade, 
primavera de 2004

terça-feira, 17 de julho de 2012

História de Capela de Santana




Antes só havia os índios e alguns padres jesuítas, que os catequisavam nos povos missioneiros. O Rio Grande era quase todo coberto de matas e campos intermináveis.
Foi só na primeira metade do século XVIII que os primeiros brasileiros brancos vieram se instalar no solo gaúcho. E um dos primeiros lugares que eles escolheram para se fixar foi Capela de Santana. Não se sabe exatamente o ano. Mas foi entre 1738 e 1745. Há aproximadamente 270 anos.

Como costumava acontecer na época, Capela começou com grandes fazendas. As casas eram poucas e distantes uma das outras. Mas, em 1772, foi construída uma pequena igreja e a localidade de Capela de Santana começou a formar-se. Inicialmente com o nome de Santana do Rio dos Sinos. Esta era a única igreja existente na região que hoje conhecemos como Vale do Caí. Gente de longe ia à missa, casava e era batizada na capelinha. Os mortos de toda a região eram enterrados no cemitério local. 

Em 1814 a igreja e a localidade já haviam crescido e Capela se firmou como localidade mais importante da região. Num tempo em que Montenegro e o Caí sequer existiam.
Capela tinha até uma escola, com professor conceituado e os fazendeiros de Montenegro, Pareci, Caí e outras localidades próximas mandavam seus filhos lá, para aprender a ler, escrever e fazer contas. Mais para o final do século XIX havia na Capela um quartel onde foram treinados recrutas que participaram da Guerra do Paraquai, inclusive rapazes de origem alemã, vindos de colônias como as de Maratá, Pareci Novo, Harmonia, Tupandi, Bom Princípio e Caí, que estavam sendo recém formadas. Capela era o centro de toda a região.

Depois vieram os colonos alemães e italianos e a sua grande produção agrícola passou a ser transportada através dos portos de Montenegro, Pareci e Caí. Montenegro e Caí tornaram-se sedes de municípios e, graças aos seus portos, se desenvolveram muito.
Ainda assim, Capela era grande e importante. Tanto que dois dos primeiros prefeitos de São Sebastião do Caí foram capelenses. Depois, longe dos portos foi Capela foi ficando para trás, eclipsada por Montenegro e Caí. 

Em 1910 chegou a estrada de ferro e foi implantada uma estação de trem: a Estação Azevedo. O que proporcionou o surgimento de uma grande indústria: a Arrozeira Brasileira, que foi a maior empresa do município de São Sebastião do Caí nas décadas de 1940 a 1970. Mas a Arrozeira fechou e a estrada de ferro também foi desativada e Capela viveu um período de estagnação.

Nova vida surgiu em 1987, quando Capela se emancipou. Foi o começo de uma outra história. Hoje Capela é um município ainda muito carente, mas com enormes possibilidades de progresso. Integrada à região metropolitana de Porto Alegre, Capela é um dos espaços para o qual a capital gaúcha poderá crescer. Com o asfaltamento da rodovia Transaçoriana, a construção do novo Aeroporto Internacional 20 de Setembro e as possibilidades de navegação pelo Rio Cai, Capela tem tudo para tornar-se um grande polo industrial. Nada vai acontecer por si. Mas, se os capelenses souberem aproveitar as oportunidades que estão aí, terão muito espaço para crescer.

Fonte: 

domingo, 3 de junho de 2012

O Sábio do Mate

No fundo desse meu mate habita um sábio,
Um velho de barbas brancas que tudo entende...
Das trenas, das longitudes, dos astrolábios;
Encerra tudo o que apaga, tudo o que acende!
Na água - suave remanso - de rio tão largo,
Na erva verde-coxilha virgem de arado;
Procuro a luz do caminho dentro do amargo
No sábio que me responde, mesmo calado...
Pra ele não há segredos, não há mistérios...
Por velho, sovou as rédeas do coração...
Talvez por isso, a lo largo, todo o gaudério
Aceita tantos conselhos do chimarrão!
Quem ouve o sábio do mate, sabe da vida!
Mateia, assim solitário, com toda a calma...
Pois no silêncio do mate, em contrapartida,
Se escuta a voz experiente da própria alma!
Pois dormem dentro da cuia: pialos, bravatas!
A história desta querência em seus alfarrábios,
Sorvida pela memória em bomba de prata...
No fundo desse meu mate habita um sábio!
Um dia vai, outro chega, é esta a jornada...
Começa outro caminho se um chega ao fim...
E em cada mate que cevo na madrugada
O velho sábio se acorda dentro de mim!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Brasiliana USP: uma Biblioteca Digital para todos

                   "O vírus do amor ao livro é incurável, e eu procuro inocular esse vírus
                                                 no maior número possível de pessoas." 
                                                                                                            José Mindlin 


 A USP guarda um acervo bibliográfico e documental sobre assuntos brasileiros impar no País e no mundo. A responsabilidade por ampliar o acesso aos seus acervos, aliada ao fato de a Universidade reunir os recursos técnicos e tecnológicos que permitam fazê-lo, resultou no caráter estratégico do Projeto BRASILIANA USP: a formação de uma brasiliana digital, a ser construída por uma rede nacionalmente articulada de instituições públicas e privadas dispostas a dela participarem. 
A Universidade de São Paulo, com este Projeto, assume a tarefa de tornar irrestrito o acesso aos fundos públicos de informação e documentação científica sob sua guarda. Acessível ao público desde junho de 2009, a Brasiliana USP tem como meta oferecer para a pesquisa a maior Brasiliana custodiada por uma instituição de ensino em escala mundial, tornando-a disponível em linha na rede mundial de computadores (Internet). 
O Projeto Brasiliana USP implica, portanto, a permanente interface entre as atividades fins da USP - formação de quadros, pesquisa e divulgação de resultados – articulados por um vetor estratégico de alcance nacional. Com forte apoio da Fapesp, do Ministério da Cultura, da Petrobras e do BNDES, o Laboratório da Brasiliana USP tornou-se referência nacional no campo da digitalização de acervos, destacando-se no compartilhamento de tecnologia e inovação com outras instituições no Brasil. 




quarta-feira, 11 de abril de 2012

CARTA DO IMPERADOR VESPASIANO PARA SEU FILHO TITO, EM 79 d.C.

Hoje, para júbilo e gáudio dos amantes das letras clássicas, divulgo uma carta escrita em 22 de junho 79 dC. pelo imperador romano Vespasiano, em seu leito de morte, ao filho Tito. Vamos a ela:



22 de junho de 79 d.C.

“Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. Alguns senadores o criticarão, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio?
Num estádio, é claro.
Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma por omnia saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: ’Estás vendo este colosso? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou’.
Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão. ’Moralistas e loucos dirão, que mais certo seria reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso).
Portanto, deves construir esse estádio em Roma.
Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo).
Esperarei por ti ao lado de Júpiter”.

Vespasiano morreu no dia seguinte à carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano.

* Clunis são nádegas em latim.

Crédito da fonte:
http://ex-vermelho1.blogspot.com.br/2012/02/carta-do-imperador-vespasiano-para-seu.html

sábado, 4 de fevereiro de 2012

TELMO LAURO MÜLLER



Na manhã de segunda-feira, 09 de janeiro, faleceu no Hospital Centenário em São Leopoldo, aos 85 anos, vítima do Mal de Alzheimer, o historiador, educador, professor, museólogo e escritor Telmo Lauro Müller. Foi um dos idealizadores e, por várias décadas, diretor do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo na cidade-berço da imigração alemã, no Vale do Rio dos Sinos, 27 km ao Norte de Porto Alegre, RS.


PROFESSOR TELMO LAURO MÜLLER

A notícia de sua morte, no portal BrasilAlemanha, difundida pela mala direta BrasilAlemanha/Neues para mais de 73 mil assinantes ao redor do mundo, deixou um saldo de dezenas de mensagens registradas através do mecanismo "Deixe aqui seu comentário", inserido no final da matéria.
No portal BrasilAlemanha foi divulgado um currículo detalhado, gentilmente preparado por Camila da Rosa, do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, casa que reúne a história da imigração alemã no RS.

                                               Currículo
Nome: Telmo Lauro Müller
Nascimento: 17 de setembro de 1926
Localidade: Lomba Grande
Município: Novo Hamburgo
Naturalidade: Rio Grande do Sul
Nacionalidade: Brasileira
Filiação: Frederico Adolfo Müller e Elly Müller

                                            Títulos:
Bacharel em Geografia e História – Dipl. nº 4000/MEC
Licenciado em Geografia e História – Dipl. nº 5410/MEC
Historiógrafo – Concurso Público S.E.C.RS / Janeiro 1975
Museólogo – Registro nº 25/1985 – D.R.T. / P.A.

                                            Registros:
Ministério da Educação e Cultura
Diretoria do Ensino Secundário
Reg. nº F- 4943: Geografia e História
Reg. nº D- 25664: Português
Reg. nº 7473: Diretor de Estabelecimento de Ensino Secundário
Ministério da Educação e Cultura
Diretoria do Ensino Comercial
Reg. nº 1059: Geografia e História
Secretaria de Educação e Cultura, RS
Superintendência do Ensino Primário
Reg. nº 3692d

                                                   Cursos
Primário: 2 anos em escola colonial, em Lomba Grande, Novo Hamburgo, RS
Colégio Elementar, São Leopoldo 1940
Secundário: 1º ciclo, Ginásio Sinodal, São Leopoldo, 1944
2º ciclo, Colégio Estadual Júlio de Castilhos, Porto Alegre, 1947 – Curso Clássico
Superior: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1951.
Bolsa de estudos, República Federal da Alemanha, 1º semestre 1973: ensino da História e Museologia.
Exame d Suficiência em Português – Inspetoria Seccional de Porto Alegre, 1957.
IX Ciclo de Estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Gerra: “ Segurança Nacional e Desenvolvimento”. Porto Alegre. 28/07 a 06/12/1971.
Curso de Extensão Universitária: “ O indígena americano”, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras ( Unisinos), São Leopoldo, 19/09/1965.
“ Uso Educacional de Museus e Monumentos”, Museu Imperial, Petrópolis, RJ, 4 a 9 de julho de 1983.
“Preservação do Patrimônio Cultural e Natural do Município”, Instituto Brasileiro de Administração Municipal ( IBAM), Rio de Janeiro, 5 a 7 de dezembro de 1983.
Curso de Extensão Universitária: “ História Contemporânea do Brasil”, Unisinos, 1971.

                                            Cargos e funções:
- Professor primário, Instituto Rio Branco, São Leopoldo, 1948 a 1952.
- Professor e diretor, Instituto Rio Branco, São Leopoldo, 1952 a 1956.
- Professor de Escola Normal Evangélica, São Leopoldo, 1950 a 1953.
- Professor do Colégio Sinodal, São Leopoldo, 1955 a 1956.
- Professor na Fundação Evangélica, Novo Hamburgo, 1956 a 1975.
- Inspetor de Ensino, Secretaria de Educação e Cultura.
- Secretário do Conselho Sinodal de Educação, 1964 a 1966.
- Presidente do Conselho Sinodal de Educação, 1967 a 1970.
- Membro da diretoria do Distrito Eclesiástico São Leopoldo da IECLB, de 1950 a 1969.
- Membro da diretoria regional, IV Região, IECLB, 1969 a 1977.
- Secretário dos concílios da IECLB, 1966, 1968, 1970, 1972.
- Secretário da Comunidade Evangélica de São Leopoldo, 1975/77, 1977/79.
- Presidente do Instituto Histórico de São Leopoldo desde 1975.
- Coordenador do Pólo Cultural São Leopoldo(São Leopoldo, Sapucaia, Portão, Estância Velha, Ivoti) da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo, 1982.
- Professor, Instituto Rio Branco, São Leopoldo, 1975 a 1989.
- Professor lotado na 2º Delegacia de Educação de São Leopoldo.
- Coordenador dos Simpósios de História da Imigração e Colonização alemãs no Rio Grande do Sul, São Leopoldo, 1974, 1976, 1978, 1980,1982,1984,1986,1990,1992,1994.
- 1º Secretário da Associação Rio-grandense de Museologia, Porto Alegre, 1985.
- Membro da Associação dos Ex-Alunos do Colégio Sinodal, São Leopoldo, 1984/88.
- Coordenador da Sub-Comissão de Assuntos Históricos e Culturais da Comissão Estadual dos Fstejos do Sesquicentenário da Imigração Alemã, Porto Alegre, 1974.
- Vice-presidente da Comissão Estadual dos Festejos dos 160 anos da Imigração Alemã, Porto Alegre, 1984.
- Membro da Comissão Municipal do Centenário de Lindolfo Collor São Leopoldo, 1990.
- Coordenador do Simpósio de História da Igreja, São Leopoldo, 23 e 24 de maio de 1986.
- Membro da Comissão Estadual “170 anos da Imigração Alemã”.
- Membro da Comissão Municipal de São Leopoldo “ 170 anos da Imigração Alemã”.
- Coordenador da Comissão municipal de SL que organizou a vinda.
- Membro da Comissão de criação do Conselho Municipal de Cultura de São Leopoldo, 1995.
- Coordenador da Comissão de Implantação do Conselho Municipal de Cultura de São Leopoldo, 1996.
- Membro da comissão organizadora da Programação dos 150 anos de instalação da Câmara de Vereadores de São Leopoldo, 1996.
- Coordenador de todos os Simpósios de História da Imigração Alemã até 1996.
- Membro efetivo do Conselho Municipal de Cultura, São Leopoldo, representante dos Museus e Arquivos, nomeado pelo Prefeito Municipal, Portaria nº 28950, 16/07/1996.
- 1º Presidente do Conselho Municipal de Cultura, São Leopoldo, eleito em 04/09/1996.
- Sócio Benemérito da Sociedade de Cantores Arroio da Manteiga, São Leopoldo, diploma de 13/09/1996.
- Presidente do Conselho Municipal de Cultura, reeleito em 23/07/1997.
- Membro da Comissão Municipal dos 175 anos da Imigração Alemã, São Leopoldo, Portaria Municipal nº 32224 de 03/12/1998, sendo eleito seu presidente na primeira reunião da Comissão.

                                                Publicações:

Livros:
- “Cozinha Alemã”, Receituário, 1976, Ed. Rotermund, 16 páginas
- “Colônia Alemã – Histórias e Memórias”, 1978, Ed. UCS/EST, 149 páginas
- “Monumentos em São Leopoldo”, 1979, Ed. Rotermund, 83 páginas
- “Colônia Alemã – Imagens do Passado”, 1981 Ed. EST, 112 páginas
- “Colônia Alemã- 160 anos de História”, 1984 Ed. EST/EDUCS, 127 páginas
- “Sociedade Ginástica São Leopoldo – cem anos de História – 1885-1985,1986. Ed. Rotermund, 150 páginas
- “Herança de Geração em Geração”, 1988, Ed. Rotermund, 159 páginas
- “Amor ao Próximo”, 1990, Ed. Rotermund, 176 páginas
- “Nacionalização e Imigração Alemã”(organizador), Ed. Unisinos, 1994
- “1824 Antes e Depois, Ed. Metrópole, 1994, 24 páginas
- “Imigração e Colonização Alemã(organizador), Ed. EST, Porto Alegre,1980
- “História da Imigração Alemã para Crianças”, trilíngue ( Português, Alemão e Dialeto), 1996, Ed. EST
- Sesquicentenário da Igreja Evangélica de Lomba Grande, 1998 (Coord.)
- “1824 Antes e Depois” Ed. Amstad, Nova Petrópolis, 1999, 2º edição (Português)
- “1824 Vorher Nachher” Ed. Amstad, Nova Petrópolis, 1999, 1º edição(Alemão)
- “Os imigrantes alemães e a sua cozinha”, Editora Amstad, Nova Petrópolis, 1999

                                                       Colaborações
- Administração e Supervisão na Escola Primária, Dalilla C. Sperb, Ed. Globo Porto Alegre, 1963
- Problemas Gerais de Currículo, Dalilla C. Sperb, Ed. Globo, Porto Alegre 1966
- Das historische Institut Von São Leopoldo und die Erforschung der deutschen Einwanderung, em Brasilien die Neue Welt, Verlag A. F. Koska, Wien/Berlin, 1986
- Contribuição para a História de Nova Petrópolis, Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis, Ed. EDUCS, 1988
- Almas que falam, coletânea do Centro Literário de São Leopoldo, Orvalho Andaluz Editora, PA, 1996
- Nós, os teuto-gaúchos, Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1996
- Sociedade Orfeu- Da história de um nome à identidade de um clube, Elda Luz Ramos, Mirian Fialkow, José Carlos Eggers, 1998( deve estar em citações)
- São Pedro de Alcântara , Aspectos de sua história, 1999, pág. 161
- Grupo de Bolão Tiradentes, Ribeiro Pires, 1999, pág 18
- A Serviço da Vida, Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, 1999, página 48
- 2º Simpósio Raízes do Vale do Alto Taquari, Lajeado, 1998, pág. 69 / nossa identidade”.
- Agradecimento no livro “ Vir, viver e talvez morrer em Campinas” de Andrea Mara Souto Karastojanov, Campinas, 1999, pág 16
- Imigração Alemã, in Terra de Areia – Marcas do tempo, Nilza Huyer Ely, 2000 – pág 20, foto, pág 21 texto ( Marcas do Tempo)
- in Mulher, vida e Consiência, Doroti Prato, 1999

                                                      Citações
- in Órgãos de Tubos no RGSul, Ane Schneider, 1995.
- in Anais do V Congresso Nacional da FECAB, 1995,pág 9
- in “ Hunsrückisch in R.G. do Sul”, tese de doutorado de Cléo Vilson Altenhofen, Mainz, Alemanha, com citação de 3 livros: Colônia Alemã – Histórias e Memórias; Colônia Alemã – 160 anos de História, Nacionalização e Imigração Alemã
- in Imigração e Luteranismo em Santa Catarina, - João Klug, 1994 bibliografia pág 235
- In Campo Bom: História e Crônica – Guido Lang, 1996 Bibliografia, pág 157
- Mucker – Fanáticos ou Vítimas, Antõnio M. Galvão, 1996 Bibliografia pág 107
- in Os imigrantes alemães no RGS e o Luteranismo – Walter O. Steyer, 1999
- in “Raízes” de Maria Eunice Müller Kautzmann, 1998
- in “Cemitérios das Colônias Alemãs”, 1985, Werner Dullius

                                                  Condecorações
Verdienstkreuz am Bande (Cruz do Mérito) da República Federal da Alemanha, 11/07/1988 – pelo estudo, ensino e registro da história da imigração alemã no Rio Grande do Sul e pelo estreitamento das relações entre a República Federativa do Brasil e República Federal da Alemanha.
Educador Emérito, Estado do Rio Grande do Sul, 22/11/1988, como reconhecimento aos relevantes Serviços prestados à causa da Educação.
Medalha Negrinho do Pastoreio, Estado do Rio Grande do Sul, diploma em 30/08/1996, pelos relevantes serviços que tem prestado ao Estado em favor da pessoa humana.
Irmãos:
Nelson Ernesto Müller
Kurt Elvino Müller
Telmo Lauro Müller
Harriet Helmuth Müller
Heliet Carmem Müller(Santini)
Lilian Ruth Müller(Comerlato)
Asta Hedwig Müller(Bérgamo)
Ricardo Paulo Müller
Filhas:Denise
Elaine
Netos:
Carolina Müller Jung (Denise)