Hoje, para júbilo e gáudio dos amantes
das letras clássicas, divulgo uma carta escrita em 22 de junho 79 dC. pelo imperador
romano Vespasiano, em seu leito de morte, ao filho Tito. Vamos
a ela:

22 de junho de 79 d.C.

22 de junho de 79 d.C.
“Tito, meu filho,
estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os
deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os
inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só
o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do
Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas
alegrias e infinita memória. Alguns senadores o criticarão, dizendo
que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a
esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis:
numa privada, num banco de escola ou num estádio?
Num
estádio, é claro.
Será uma imensa propaganda para ti. Ele
ficará no coração de Roma por omnia saecula saeculorum, e
sempre que o olharem dirão: ’Estás vendo este colosso? Foi
Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou’.
Outra
vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro
público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos
momentos de precisão. ’Moralistas e loucos dirão, que mais certo
seria reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar
roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego
vê isso).
Portanto, deves construir esse estádio em
Roma.
Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase:
Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo,
pão e circo).
Esperarei por ti ao lado de
Júpiter”.
Vespasiano morreu no dia seguinte à
carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem
dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo
senado romano.
* Clunis são
nádegas em latim.
Crédito da fonte:
http://ex-vermelho1.blogspot.com.br/2012/02/carta-do-imperador-vespasiano-para-seu.html
Todos os caminhos levam a Roma diz o ditado...
ResponderExcluirIsto também significa dizer que todos os caminhos já foram trilhados e que ao longo da História mudam os caminhantes no mesmo caminho. Mas aqueles que estudam e preservam o passado ousam aprender com novos erros ao passo que aqueles que o desconhecem estão fadados a repetir sempre como farsa as tragédias do passado...
Gilnei Andrade