João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

sábado, 15 de dezembro de 2018

51. OS MESSIAS bem VIVOS ...

 ... E o charlatanismo que nunca morreu



Quem conhece um pouco da minha história de vida sabe que pesquiso, registro e tenho um olhar, um carinho especial pelos chamados movimentos messiânicos.  Fazem muitos anos, umas quatro décadas, que esse tema atravessou meus caminhos e cruzou minha vida. Bem antes do curso de história que conclui, já, temporão. 

Acho que esse assunto, essa área de interesse - em especial sobre os Mucker e Jacobina Mentz Maurer - me levaram para a Licenciatura de História. Claro que minha militância política e social (o mundo do trabalho e a luta sindical dos trabalhadores) também influenciou muito nessa decisão. 



Vou escrever esse texto/depoimento, aos poucos, ao longo dos próximos dias. Mas preciso registrar que o Programa do Bial, nessa madrugada passada, onde uma dezena de mulheres relatam abusos sexuais e um padrão psicopático do afamado médium João de Deus, de Abadiânia, me faz crer que ele esteja cometendo esses crimes, a décadas, contra mulheres fragilizadas e devotas de sua Graça. E que pode ter se valido da força 'dessa superioridade mental' centenas, milhares de vezes contra mulheres que procuravam a cura de uma entidade espiritual. Buscaram a cura pra sua saúde e encontraram uma criatura humana muito mais doente que elas. O programa me impactou e incomodou muito e ainda nesse estado de transe resolvi escrever. 
Como era de se esperar a partir das denúncias iniciais o numero de mulheres denunciando a mesma situação não parou de crescer. Não se conta mais as dezenas e sim as centenas as vítimas do médium João de Deus. O desdobramento jurídico/policial deve encontrar e ouvir em todas as regiões do Brasil e mesmo no exterior mulheres repetindo a mesma história cujo inicio retrocede ao final dos anos 70.
Vou arriscar até um contraponto, um paralelo com outras situações similares na história. Uma defesa das práticas alternativas de cura, religiosas ou não, o benefício da dúvida pela entidade e não pelo cavalo cuja inocência considero pouco provável. 


A possibilidade de uma denuncia dessas não se confirmar é gravíssima porque ela acaba com o trabalho e com o médium, independente de culpa e comprovação. (Lembremos de casos recentes de denúncias falsas como a Escola de Base em SP ou do delegado evangélico Moacir Fermino, de Novo Hamburgo ou casos históricos como o Conselheiro de Canudos, Jacobina no Ferrabraz, João Maria no Contestado e outras incontáveis episódios de mortes e perseguições injustas). 
Compartilho com vocês essa necessidade de escrever sobre esse assunto. Fiquemos em paz!!!