Vivemos o tempo das informações instantâneas. Sofremos um bombardeio de informações que nada tem a ver com a busca ou aumento de conhecimento. Precisamos adotar algumas medidas de precaução nessa caminhada, selecionar as fontes de estudos e pesquisa, resistir aos atalhos da 'wikipedia' e ao fundamentalismo dos sites religiosos e ou exotéricos.
Sem abandonar a postura de respeito as convicções religiosas e heranças culturais mas evitando as armadilhas da pseudociência. Conceder o benefício da dúvida aos argumentos da fé. Se quisermos acreditar numa informação pronta basta fé, mas se quisermos aprender e avançar no aprendizado é preciso pesquisar.
É absolutamente necessário poder questionar, ousar duvidar. Essa forma de raciocínio assenta seus pés firmemente no conhecimento científico e deve ser estimulado e desenvolvido. Não proponho uma postura de ceticismo arrogante. Mas também não precisamos aderir sem raciocinar a seitas, irmandades, novas e velhas religiões que surgem a cada semana.
É absolutamente necessário poder questionar, ousar duvidar. Essa forma de raciocínio assenta seus pés firmemente no conhecimento científico e deve ser estimulado e desenvolvido. Não proponho uma postura de ceticismo arrogante. Mas também não precisamos aderir sem raciocinar a seitas, irmandades, novas e velhas religiões que surgem a cada semana.
Um bom exemplo dessa postura é o Projeto Ockham que pode ser acessado no site http://www.projetoockham.org/.
Objetivos do projeto Ockham
Pois nós até gostaríamos de acreditar. Afinal de contas, seria ainda mais interessante viver em um mundo onde pudéssemos mover um objeto com o poder da mente, curar um parente apenas pelo pensamento positivo, prever o futuro, fazer contato freqüente com extraterrestres. Mas infelizmente não podemos. Nossa formação científica e personalidade questionadora nos impede de acreditar em um fenômeno não comprovado apenas porque ele é emocionalmente agradável. Por isso somos chamados de céticos.
Ser um cético não significa duvidar de tudo, como a origem grega da palavra pode levar a crer. Ser um cético não é ser um chato sem imaginação que se recusa a sonhar com civilizações extraterrestres. Nós, os céticos, simplesmente exigimos uma quantidade maior de evidências do que as pessoas um pouco mais ansiosas em crer. E exigimos que estas evidências passem pelo crivo da melhor ferramenta desenvolvida até hoje para diferenciar o fato da ilusão: o método científico. Mostre-nos um fenômeno paranormal que se repita em um experimento controlado; mostre-nos um médium que exiba alguma mediunidade que um mágico profissional não consiga reproduzir; mostre-nos afirmações que possam ser testadas, mostre-nos dados, quantidades e medidas. Não é pedir tanto considerando a responsabilidade que a crença no paranormal traz.
O objetivo deste site NÃO é atacar pura e simplemente qualquer crença não-científica, mas prestar um humilde serviço à humanidade ajudando a desmascarar mitos e lendas urbanas e traçando a linha divisora entre magia e ciência; uma linha que nos parece mais tênue do que deveria em nossos dias. Nossa motivação para isso não é somente estragar o prazer de quem procura aconselhamento nos horóscopos diários, ou que procura cura em um fenômeno místico paranormal, mas vem do fato de acreditarmos que muitas destas crenças são seriamente nocivas e perigosas, ou no mínimo responsáveis por embotar a inteligência e engrossar a ignorância.
GUILHERME DE OCKHAM
Uns dizem que Guilherme de Ockham foi o último dos pensadores medievais, outros, que ele foi o primeiro dos pensadores modernos. Seja como for, é deste frade franciscano do século XIV a honra de demarcar a virada do pensamento escolástico medieval em direção ao pensamento científico moderno.
Guilherme de Ockham (algumas vezes grafado Occam) nasceu no vilarejo de Ockham, na Inglaterra, entre 1280 e 1300. Completou seus estudos na Universidade de Oxford, onde lecionou por algum tempo, posteriormente mudando-se para Paris. Em 1324 foi chamado pela primeira vez diante do Papa para prestar contas por suas idéias pouco ortodoxas. Quatro anos depois foi excomungado devido ao seu apoio ao grupo conhecido como "Os Espirituais", a ala extremista da Ordem Franciscana que se opunha à opulência da Igreja, e fugiu para a corte do Imperador Luís em Munique (um rival do Papa), onde viveu até sua morte, possivelmente em 1349.
Ockham poderia ser classificado como empirista e cético. Empirista por defender a necessidade da experimentação como fonte do conhecimento, em oposição à crença corrente de que o verdadeiro conhecimento só poderia ser obtido pelo uso da razão pura; e cético, na medida que dizia ser impossível provar a existência de Deus através de qualquer ferramenta racional (embora não fosse por isso um descrente).
Ao pregar a separação entre a religião e a razão, Ockham traçou uma linha divisória entre os assuntos da fé e da razão e permitiu libertar a filosofia, berço comum de todas as ciências, da teologia. Hoje em dia o nome de Ockham se encontra imortalizado no famoso argumento dialético de sua autoria conhecido por "Navalha de Ockham", o princípio de que diante de duas teorias que explicam igualmente os fatos observados, a mais simples é a correta. A seguir analisamos um pouco melhor esta e outras idéias filosóficas de Ockham.
Ockham poderia ser classificado como empirista e cético. Empirista por defender a necessidade da experimentação como fonte do conhecimento, em oposição à crença corrente de que o verdadeiro conhecimento só poderia ser obtido pelo uso da razão pura; e cético, na medida que dizia ser impossível provar a existência de Deus através de qualquer ferramenta racional (embora não fosse por isso um descrente).
Ao pregar a separação entre a religião e a razão, Ockham traçou uma linha divisória entre os assuntos da fé e da razão e permitiu libertar a filosofia, berço comum de todas as ciências, da teologia. Hoje em dia o nome de Ockham se encontra imortalizado no famoso argumento dialético de sua autoria conhecido por "Navalha de Ockham", o princípio de que diante de duas teorias que explicam igualmente os fatos observados, a mais simples é a correta. A seguir analisamos um pouco melhor esta e outras idéias filosóficas de Ockham.
Platão acreditava que existiam dois mundos, um mundo invisível ao homem constituído de idéias ou formas e o nosso próprio mundo constituído de objetos e coisas. As propriedades de um objeto em nosso mundo (cor, consistência, brilho, beleza, etc) seriam conseqüências da forma deste objeto no mundo das formas ou idéias. Por exemplo, uma cadeira poderia possuir algumas ou todas as propriedades da forma "cadeira" (serve para sentar, possui encosto, tem quatro pernas, etc) existente no universo das idéias.
O homem somente poderia apreciar e tocar os objetos e coisas, mas deveria se lembrar que este não é o universo real. É sobre isso que trata a famosa alegoria da Caverna de Platão, onde pessoas acorrentadas numa caverna de costas para a entrada são capazes de ver somente as sombras projetadas pelo mundo externo e por isso acreditam que estas sombras são as coisas reais e que não há nada além da caverna.
Como conseqüência, Platão acreditava que as coisas em nosso mundo eram irreais e imperfeitas, tanto mais irreais e imperfeitas quanto mais se distanciassem de sua forma do mundo das idéias (é fácil entender assim, o sentido original da palavra "ideal"). Daí, Platão negava que qualquer conhecimento verdadeiro pudesse advir da observação da natureza e da experiência, e que tentar aprender com o que os nossos sentidos nos mostram seria o mesmo que tentar aprender algo a partir das sombras na caverna. A razão e somente ela, segundo Platão, possibilitaria o conhecimento.
O homem somente poderia apreciar e tocar os objetos e coisas, mas deveria se lembrar que este não é o universo real. É sobre isso que trata a famosa alegoria da Caverna de Platão, onde pessoas acorrentadas numa caverna de costas para a entrada são capazes de ver somente as sombras projetadas pelo mundo externo e por isso acreditam que estas sombras são as coisas reais e que não há nada além da caverna.
Como conseqüência, Platão acreditava que as coisas em nosso mundo eram irreais e imperfeitas, tanto mais irreais e imperfeitas quanto mais se distanciassem de sua forma do mundo das idéias (é fácil entender assim, o sentido original da palavra "ideal"). Daí, Platão negava que qualquer conhecimento verdadeiro pudesse advir da observação da natureza e da experiência, e que tentar aprender com o que os nossos sentidos nos mostram seria o mesmo que tentar aprender algo a partir das sombras na caverna. A razão e somente ela, segundo Platão, possibilitaria o conhecimento.
Aristóteles, discípulo de Platão, manteve em sua filosofia os universais (como eram conhecidas as formas) de seu mestre, mas acreditava que estas podiam ser alcançadas pelo exame e comparação das coisas em nosso mundo. Graças principalmente a Tomás de Aquino, que tomou a filosofia de Aristóteles e a conformou segundo a ótica cristã, esta visão prevaleceu no mundo medieval.
Ockham por outro lado era um Nominalista, ou seja, acreditava que os universais dos quais falavam Platão e Aristóteles não passavam de nomes, palavras, definições. O que importava para Ockham era o concreto, o palpável, o objeto passível de experimentação.
O conhecimento deveria vir da experiência, dos sentidos, pois não poderia existir uma idéia sem que uma experiência sensível a gerasse. Este foi o nascedouro de uma discussão que se arrastou por séculos e ainda se arrasta dividindo empiristas e racionalistas.
Como decorrência de seu empirismo, Ockham acreditava que não se poderia produzir nenhuma prova racional da existência de Deus. Deus seria uma experiência sensorial e acreditar Nele dependeria da fé, e da fé somente. Divorciando a razão e a fé, Ockham prestou um inestimável serviço à filosofia e as ciências que dela nasceriam. Mas visto que o principal papel da filosofia na Idade Média era o de fornecer uma base lógica para a teologia, Ockham também prestou um igual serviço à teologia, que livre da obrigação de tentar justificar-se racionalmente, pode alçar vôos mais extravagantes. Em nome da fé tudo passaria a ser possível e o céu (literalmente) seria o limite.
Como franciscano, Ockham acreditava na tese de que Jesus em vida não havia tido posses e que portanto a Igreja e seus seguidores deveriam despojar-se de todos os bens materiais e viver na pobreza. Ockham, que se bom franciscano só devia possuir a túnica que vestia (tudo além disso seria uma extravagância), parece ter aplicado este ideal franciscano à filosofia e propôs retirar dela toda redundância, todo o peso extra, tudo o que lhe fosse supérfluo.
Ockham em suas obras escreveu: "Pluralitas non est ponenda sine neccesitate" (Entidades não devem ser multiplicadas além do necessário), ou seja, é inútil fazer com mais o que pode ser feito com menos. Os estudiosos dos séculos posteriores aplicaram este pensamento ao método científico e uma versão modificada desta frase se tornou conhecida por "Navalha de Ockham".
Ockham por outro lado era um Nominalista, ou seja, acreditava que os universais dos quais falavam Platão e Aristóteles não passavam de nomes, palavras, definições. O que importava para Ockham era o concreto, o palpável, o objeto passível de experimentação.
O conhecimento deveria vir da experiência, dos sentidos, pois não poderia existir uma idéia sem que uma experiência sensível a gerasse. Este foi o nascedouro de uma discussão que se arrastou por séculos e ainda se arrasta dividindo empiristas e racionalistas.
Como decorrência de seu empirismo, Ockham acreditava que não se poderia produzir nenhuma prova racional da existência de Deus. Deus seria uma experiência sensorial e acreditar Nele dependeria da fé, e da fé somente. Divorciando a razão e a fé, Ockham prestou um inestimável serviço à filosofia e as ciências que dela nasceriam. Mas visto que o principal papel da filosofia na Idade Média era o de fornecer uma base lógica para a teologia, Ockham também prestou um igual serviço à teologia, que livre da obrigação de tentar justificar-se racionalmente, pode alçar vôos mais extravagantes. Em nome da fé tudo passaria a ser possível e o céu (literalmente) seria o limite.
Como franciscano, Ockham acreditava na tese de que Jesus em vida não havia tido posses e que portanto a Igreja e seus seguidores deveriam despojar-se de todos os bens materiais e viver na pobreza. Ockham, que se bom franciscano só devia possuir a túnica que vestia (tudo além disso seria uma extravagância), parece ter aplicado este ideal franciscano à filosofia e propôs retirar dela toda redundância, todo o peso extra, tudo o que lhe fosse supérfluo.
Ockham em suas obras escreveu: "Pluralitas non est ponenda sine neccesitate" (Entidades não devem ser multiplicadas além do necessário), ou seja, é inútil fazer com mais o que pode ser feito com menos. Os estudiosos dos séculos posteriores aplicaram este pensamento ao método científico e uma versão modificada desta frase se tornou conhecida por "Navalha de Ockham".
Sobre a Navalha de Ockham
A Navalha de Ockham da maneira como foi popularizada pela ciência (um tanto diversa da sua formulação original) diz que entre duas teorias que explicam igualmente os mesmos fatos, a mais simples é a correta. Em outras palavras, se uma explicação simples basta, não há necessidade de buscar outra mais complicada.
A Navalha também é conhecida por "Princípio da Economia". Um exemplo clássico do uso deste principio pode ser visto na discussão histórica em torno da estabilidade do Universo. Isaac Newton, um gênio da física mas também um homem profundamente místico, estava convencido de que os planetas não poderiam permanecer imutavelmente em suas órbitas sem a interferência de Deus.
Imaginava o Universo como um relógio (uma invenção relativamente moderna em sua época), o qual Deus teria posto em movimento na Criação e que precisava ser corrigido de tempos em tempos, tal qual um relógio que precisa de corda para continuar funcionando. Sem Deus agindo como um relojoeiro celeste, calculara Newton, os planetas, acabariam arrefecendo seu movimento devido às mútuas influências gravitacionais, desviando-se de suas órbitas até colidirem entre si.
Foi somente um século depois de Newton, que Pierre Simon de Laplace mostrou, com a ajuda de métodos matemáticos de aproximação, que se os planetas não se desviavam de suas órbitas era porque as interferências gravitacionais entre eles se compensavam e anulavam-se a longo prazo.
Quando indagado por Napoleão sobre por que Deus estava ausente de sua teoria, Laplace respondeu: "Sire, não precisei desta hipótese". Laplace havia aplicado a "Navalha de Ockham" à sua cosmologia: entre duas teorias, uma que exigia a existência de uma superentidade vigilante para criar e manter o universo em movimento e outra que podia conter os fenômenos observados sem incluir hipóteses adicionais, Laplace escolheu a segunda, aquela com o mínimo de suposições necessárias para explicar todos os fatos observados, ou seja, aquela com o menor número de "razões suficientes".
Logicamente Isaac Newton não desconhecia a Navalha de Ockham, até mesmo tinha sua própria versão dela: "Não se deve admitir mais causas às coisas da natureza que aquelas que forem tanto verdadeiras quanto suficientes para explicar sua aparência."
Todas as alegações de fenômenos paranormais têm algo em comum: entre duas hipóteses que explicam igualmente os fatos "paranormais" observados, uma baseada em conhecimento bem fundamentado pela ciência e outra envolvendo seres de outros planetas, espíritos, anjos, demônios, magia, campos de energia misteriosos, ou simplesmente forças físicas desconhecidas, muitos preferem a segunda, mais "complicada", do que a primeira, mais "simples".
Como todo princípio científico mal compreendido e vulgarizado pela repetição (E=mc2, entropia, caos, herança genética, etc), a Navalha de Ockham se tornou um bordão utilizado indevidamente por leigos e por céticos ansiosos demais em descartar explicações incomuns.
Quando se diz que a teoria mais simples é a correta não se quer dizer que a teoria mais fácil de se entender é a correta. Em primeiro lugar porque simplicidade é um critério pessoal e subjetivo. Além disso a natureza certamente não tem vocação para a simplicidade; apesar de algumas leis fundamentais da física serem expressas de forma surpreendentemente simples (como as leis de Newton), isto não significa que a explicação mais simples seja sempre a correta, ou que seja correta num número maior de vezes.
Na verdade, à medida que nos aprofundamos nos terrenos da física quântica ou da cosmologia, ocorre justamente o contrário e as explicações tornam-se cada vez mais complexas. Por isso é preciso compreender que a Navalha de Ockham não trata de descartar hipóteses só porque são mais difíceis de entender. O que ela propõe é que se descarte as hipóteses que em igualdade de condições com outras, possuem mais suposições ou mais pressupostos, já que quanto mais suposições, maior a chance de que alguma delas esteja errada.
Sendo assim, o princípio da economia de Ockham se revela uma diretriz, não uma regra; uma indicação de qual caminho seguir, não um sentido obrigatório; ou seja, apenas bom senso sistematizado, que no fundo é tudo do que trata o método científico.
Quando indagado por Napoleão sobre por que Deus estava ausente de sua teoria, Laplace respondeu: "Sire, não precisei desta hipótese". Laplace havia aplicado a "Navalha de Ockham" à sua cosmologia: entre duas teorias, uma que exigia a existência de uma superentidade vigilante para criar e manter o universo em movimento e outra que podia conter os fenômenos observados sem incluir hipóteses adicionais, Laplace escolheu a segunda, aquela com o mínimo de suposições necessárias para explicar todos os fatos observados, ou seja, aquela com o menor número de "razões suficientes".
Logicamente Isaac Newton não desconhecia a Navalha de Ockham, até mesmo tinha sua própria versão dela: "Não se deve admitir mais causas às coisas da natureza que aquelas que forem tanto verdadeiras quanto suficientes para explicar sua aparência."
Todas as alegações de fenômenos paranormais têm algo em comum: entre duas hipóteses que explicam igualmente os fatos "paranormais" observados, uma baseada em conhecimento bem fundamentado pela ciência e outra envolvendo seres de outros planetas, espíritos, anjos, demônios, magia, campos de energia misteriosos, ou simplesmente forças físicas desconhecidas, muitos preferem a segunda, mais "complicada", do que a primeira, mais "simples".
Como todo princípio científico mal compreendido e vulgarizado pela repetição (E=mc2, entropia, caos, herança genética, etc), a Navalha de Ockham se tornou um bordão utilizado indevidamente por leigos e por céticos ansiosos demais em descartar explicações incomuns.
Quando se diz que a teoria mais simples é a correta não se quer dizer que a teoria mais fácil de se entender é a correta. Em primeiro lugar porque simplicidade é um critério pessoal e subjetivo. Além disso a natureza certamente não tem vocação para a simplicidade; apesar de algumas leis fundamentais da física serem expressas de forma surpreendentemente simples (como as leis de Newton), isto não significa que a explicação mais simples seja sempre a correta, ou que seja correta num número maior de vezes.
Na verdade, à medida que nos aprofundamos nos terrenos da física quântica ou da cosmologia, ocorre justamente o contrário e as explicações tornam-se cada vez mais complexas. Por isso é preciso compreender que a Navalha de Ockham não trata de descartar hipóteses só porque são mais difíceis de entender. O que ela propõe é que se descarte as hipóteses que em igualdade de condições com outras, possuem mais suposições ou mais pressupostos, já que quanto mais suposições, maior a chance de que alguma delas esteja errada.
Sendo assim, o princípio da economia de Ockham se revela uma diretriz, não uma regra; uma indicação de qual caminho seguir, não um sentido obrigatório; ou seja, apenas bom senso sistematizado, que no fundo é tudo do que trata o método científico.
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