João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

quarta-feira, 27 de junho de 2018

46. A revolução conservadora

Mudo ando,
mudo passo,
mudo paro 
e o tempo
que não muda,
que não passa
branqueia minha barba,
surrupia-me as melenas
revelando-me, por fim,
cada vez mais conservador.
Não quero abrir mão
de mais nada,
das coisas que tenho,
da serenidade conquistada,
dos momentos felizes
com quem escolhi ficar.
Quero conservar,
manter sem mudar...
O tempo me contou
das coisas que
não vou mais mudar.
Não mudo mais de gênero,
nem de sexo,
nem de esposa
ou família,
nem time de futebol
nem de partido
ou convicções políticas ...
Também não mudo mais
minha sincera
e empedernida convicção
que homens e mulheres,
são diferentes
mas não desiguais
porque todo ser humano
tem direito a justiça da igualdade
e a felicidade que isso proporciona.
Nenhum ser humano
pode ser rotulado
por seu poder de compra
ou faixa de consumo.
Cada pessoa no controle
do próprio corpo,
conduz sua nave
pelo espaço
na busca do prazer
e da felicidade de
amor dar e amor receber...
Me assumo
como conservador,
mantenho e retenho
minha cisma teimosa
que cada um
deve assumir
"a dor e a delícia
de ser o que é"
porque sob todas as formas,
além de todas normas
"toda maneira de amor
vale a pena".

Glnei Andrade

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