João Jorge e Jacobina Maurer

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I m A g E m

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O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

domingo, 2 de agosto de 2009

Paleotocas impressionam em Novo Hamburgo

 Patrimônio natural descoberto no Vale do Sinos surpreende pesquisadores 
pelo bom estado de conservação.



 Entre os mais de 60 túneis escavados por animais que viveram na América do Sul há milhares de anos, foi em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, que os geólogos Heinrich Frank e Francisco Buchmann encontraram a paleotoca – toca desocupada – mais impressionante que eles já viram em território brasileiro.
Em uma construção, às margens da rodovia Novo Hamburgo-Porto Alegre (BR-116), Frank localizou o túnel com um metro de altura, 25 metros de comprimento e ramificações de 17 metros para um lado e 20 metros para outro, com marcas de garras de animais. Somente análises minuciosas poderão certificar que animal foi responsável por escavá-la. O pesquisador Buchmann relaciona o túnel a um tatu. Como nenhum bicho morreu lá dentro, e não há ossada, somente as marcas das garras nas paredes e o tamanho da carapaça podem indicar qual animal fez. O que realmente impressionou Buchmann foi o estado de conservação da toca, cilíndrica, contínua, com marcas de garra e que termina abruptamente, cavada em uma largura e altura constante. Como forma de preservar o local, Buchmann esconde a localização exata do achado. 

Além de tatu, uma preguiça gigante pode ter feito a toca 
O fato das paleotocas estarem desobstruídas, com as marcas das garras e da carapaça do animal que a escavou, é um fato raro, destaca a professora doutora em Geociência da Unisinos, Renata Guimarães Netto. A raridade também surpreendeu Jorge Ferigolo, paleontólogo do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica:

– Todas essas paleotocas são importantes porque dão muitas informações sobre a vida dos animais. As marcas das garras e da carapaça podem comprovar de que animal se trata. Pode ser um chamado gliptodonte, grupo de megamamíferos, parente dos tatus. Além do tatu, uma preguiça gigante seria candidata à autora das escavações. A paleontóloga Ana Maria Ribeiro, também da Museu de Ciências Naturais Fundação Zoobotânica, é cautelosa sobre que tipo de animal teria feito a escavação.
– São tocas grandes, mas a gente ainda precisa analisar essas marcas que se apresentam dentro delas. Nós sabemos que foram tocas feitas por organismos, com certeza. Não é uma obra do acaso e não é uma questão geológica. Precisamos de muito estudo para analisar essa área – destaca. Para desbravar os túneis, os pesquisadores rastejaram e usaram máscara para proteção de fungos e um tubo exaustor para jogar ar para dentro da toca.

Saiba mais - O tatu, um dos animais que pode ter feito as escavações, seria um animal de pelo menos um metro de altura por dois metros de comprimento. Alimentava-se de vegetais, insetos, alguns deles carniça, pequenos mamíferos. Viveu há cerca de 10 milhões de anos e foi extinto há 10 mil anos atrás.
- A paleotoca foi localizada em uma construção, nas margens da BR-116. O túnel tem um metro de altura, 25 metros comprimento e ramificações de 17 metros para um lado e 20 metros para outro, com marcas genuínas de garras desses animais. Cilíndrica, contínua, tem marcas de garras que terminam abruptamente, cavada em uma largura e altura constantes.

FONTE : http://www.defender.org.br/

Saiba mais sobre o assunto em:   http://www.ufrgs.br/paleotocas/TocaNews22.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=gA_IOsZzhYY



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