João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Língua




                                                                                               Caetano Veloso

Gosto de sentir
a minha língua roçar 
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia
está para a prosa
Assim como o amor
está para a amizade
E quem há de negar
que esta lhe é superior
E deixa os portugais
morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode
Esta língua?
(...) E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E - xeque-mate - explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles
e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homen
Adoro nomes
Nomes em Ã
De coisas como Rã e Imã
Nomes de nomes Como Scarlet Moon
Chevalier Glauco Matoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé e Arrigo Barnabé
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode Esta língua? (...)

A procissão dos acorrentados



A revista Manchete, na sua edição de 21 de janeiro de 1984, publicou essa matéria relatando fato ocorrido em São Sebastião do Caí. 

PS - Lembro da repercussão desse caso, na época.



CRÉDITO DA FONTE:
Blog História do Vale do Caí de Renato Klein 
em www.historiasvalecai.blogspot.com.br

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Bandas militares davam o tom patriótico a sangrentos combates da Guerra do Paraguai

Batalha musical

Vinicius de Carvalho
18/1/2011 
 Fui no Itororó
Beber água não achei
Achei bela morena
Que no Itororó deixei
 




Não há criança no Brasil que não conheça esses versos. Talvez a consciência histórico-geográfica de onde fica o Itororó tenha se perdido, mas esta cantiga folclórica lembra o riacho que dá nome a uma das mais sangrentas batalhas da Guerra do Paraguai (1864-1870). Esta lembrança musical do maior conflito militar em que o Brasil já esteve envolvido, também conhecido como Guerra da Tríplice Aliança, não é a única. Os músicos militares estiveram presentes e tiveram importante papel durante todo o conflito.

Clarinetas, trombones e flautas juntaram-se a canhões e baionetas e compuseram uma verdadeira trilha sonora do campo de batalha. As bandas de música eram parte integrante dos Batalhões de Fuzileiros e dos Batalhões de Caçadores do Exército Permanente, ou seja, do Exército profissional. Também os Batalhões de Voluntários da Pátria tinham bandas em seus quadros. Diferentemente do Exército de Linha, que tinha músicos com formação militar prévia, os dos Batalhões de Voluntários da Pátria vinham das camadas populares, muitos deles sem uma formação militar inicial, e que aprenderam a tocar em bandas civis ou mesmo em igrejas. Esse fato fez com que o repertório popular estivesse muito presente na campanha militar, já que era isso que estes instrumentistas estavam habituados a tocar.

A Guerra do Paraguai modifica, assim, as bandas brasileiras. Os civis levavam a composição popular para o campo de batalha e, ao retornarem da guerra, voltavam militarizados. Quase todas as bandas civis passaram a usar uniformes que lembravam os dos soldados e a marchar em forma, como uma tropa. O repertório popular passou a ser também usual entre as bandas militares.

As polícias militares de cada estado do Brasil que mandaram tropas para a Guerra do Paraguai também levaram seus músicos, já que muitas dispunham de bandas organizadas antes mesmo do início do conflito.

Um bom exemplo é o caso da Banda da Polícia Militar da Bahia, que em 1865 parte com o 10º Corpo de Voluntários para a guerra. Segundo algumas crônicas, os componentes da banda atuavam como padioleiros e tocavam nos intervalos das lutas para alegrar os soldados.

Mas os músicos tinham também funções militares. As bandas tocavam em formaturas das tropas e mesmo em marchas. Na Guerra do Paraguai, tocavam durante os combates, ainda que isso pareça absurdo. É o que relata Paulo de Queiroz Duarte, autor de obra fundamental para os estudos sobre a Guerra do Paraguai, quando fala da tática de formação de quadrados empregada pela infantaria no combate. Após a os soldados entrarem em formação, os corneteiros e tambores ocupavam o centro do quadrado e a banda tocava enquanto durasse o fogo. Os corneteiros e tambores repassavam todas as ordens de combate.

Duarte não diz o que tocavam, mas pode-se imaginar que não seriam canções populares. Muito provavelmente, alguma marcha de caráter bastante militar, ou mesmo algum hino patriótico. (...)

FONTE:
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/batalha-musical


(...) Uma curiosidade a respeito da famosa cantiga "Fui no Itororó":
O escritor Veríssimo de Melo relaciona Itororó com o ribeirão homônimo, palco de grande batalha em 6/12/1868 entre as tropas do Brasil e do Paraguai. Para isso, ele se baseia numa versão recolhida em Santa Catarina, em que aparecem os nomes do famoso general Pedro Juan Caballero e do major Moreno, que controlava a artilharia, impedindo a passagem da ponte de Itororó, provocando muitas mortes e assim ensangüentando as águas do ribeirão - daí a alusão de não se achar água para beber. O último verso seria uma reminiscência da frase latina "Veni, vidi, vinci" dita por Júlio César ao Senado de Roma:

Eu fui lá no Tororó
Beber água e não achei,
Ver Moreno e Caballero
Já fui, já vi, já cheguei  (...)

FONTE:
http://tudoporsaopaulo1932.blogspot.com.br/2011/10/medalha-de-bravura-da-guerra-do.html

Esclavos romanos: una cabeza y serás libre

La batalla de Cannas tuvo lugar en agosto del año 216 a.C. dentro de la Segunda Guerra Púnica. El ejército de Aníbal, cartaginés, se enfrentó a las tropas romanas de Cayo Terencio Varrón y Lucio Emilio Paulo. Estos últimos fueron derrotados y quedaron en una situación delicada. Como salida desesperada, el ejército romano decidió reclutar a esclavos para su filas mediante un método algo peculiar.


Batalla de Zama
Batalla de Zama


Los generales romanos prometieron la libertad a todos los esclavos que lucharan en su bando y volvieran después de la batalla con la cabeza de algún enemigo. Esta idea, que puede parecer casi buena a priori, tuvo un resultado no tan bueno, según narra Tito Livio en Historia de Roma desde su fundación.
El mayor inconveniente para los romanos lo constituían las cabezas convertidas en precio de la libertad. En efecto, cuando uno daba prontamente muerte a un enemigo, primero perdía tiempo con el engorro de cortarle la cabeza en medio de la confusión y la aglomeración; después, con la mano derecha ocupada en sostener la cabeza, los más aguerridos quedaban al margen del combate y la lucha quedaba en manos de los cobardes y pusilánimes.
Como decía, una idea que se tornó contra aquellos que la habían tenido. Y es que tiene lógica que si el precio de la libertad es una cabeza, una, se corte la primera que se tenga a mano y se deje de lado la batalla conseguido tal botín. Es más, los más fuertes esclavos irían a por los más débiles enemigos, ya que una cabeza es una cabeza independientemente de lo bueno o malo que sea como soldado el que la sostiene, y así después de un rato quedarían en el campo de batalla los más fuertes de los enemigos romanos y los más débiles de los esclavos.

Fuente: Gabinete de curiosidades romanas, de J.C. McKeown
Publicado no site Curistoria - (lunes, 13 de mayo de 2013) - www.curistoria.blogspot.com