João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

terça-feira, 17 de julho de 2012

História de Capela de Santana




Antes só havia os índios e alguns padres jesuítas, que os catequisavam nos povos missioneiros. O Rio Grande era quase todo coberto de matas e campos intermináveis.
Foi só na primeira metade do século XVIII que os primeiros brasileiros brancos vieram se instalar no solo gaúcho. E um dos primeiros lugares que eles escolheram para se fixar foi Capela de Santana. Não se sabe exatamente o ano. Mas foi entre 1738 e 1745. Há aproximadamente 270 anos.

Como costumava acontecer na época, Capela começou com grandes fazendas. As casas eram poucas e distantes uma das outras. Mas, em 1772, foi construída uma pequena igreja e a localidade de Capela de Santana começou a formar-se. Inicialmente com o nome de Santana do Rio dos Sinos. Esta era a única igreja existente na região que hoje conhecemos como Vale do Caí. Gente de longe ia à missa, casava e era batizada na capelinha. Os mortos de toda a região eram enterrados no cemitério local. 

Em 1814 a igreja e a localidade já haviam crescido e Capela se firmou como localidade mais importante da região. Num tempo em que Montenegro e o Caí sequer existiam.
Capela tinha até uma escola, com professor conceituado e os fazendeiros de Montenegro, Pareci, Caí e outras localidades próximas mandavam seus filhos lá, para aprender a ler, escrever e fazer contas. Mais para o final do século XIX havia na Capela um quartel onde foram treinados recrutas que participaram da Guerra do Paraquai, inclusive rapazes de origem alemã, vindos de colônias como as de Maratá, Pareci Novo, Harmonia, Tupandi, Bom Princípio e Caí, que estavam sendo recém formadas. Capela era o centro de toda a região.

Depois vieram os colonos alemães e italianos e a sua grande produção agrícola passou a ser transportada através dos portos de Montenegro, Pareci e Caí. Montenegro e Caí tornaram-se sedes de municípios e, graças aos seus portos, se desenvolveram muito.
Ainda assim, Capela era grande e importante. Tanto que dois dos primeiros prefeitos de São Sebastião do Caí foram capelenses. Depois, longe dos portos foi Capela foi ficando para trás, eclipsada por Montenegro e Caí. 

Em 1910 chegou a estrada de ferro e foi implantada uma estação de trem: a Estação Azevedo. O que proporcionou o surgimento de uma grande indústria: a Arrozeira Brasileira, que foi a maior empresa do município de São Sebastião do Caí nas décadas de 1940 a 1970. Mas a Arrozeira fechou e a estrada de ferro também foi desativada e Capela viveu um período de estagnação.

Nova vida surgiu em 1987, quando Capela se emancipou. Foi o começo de uma outra história. Hoje Capela é um município ainda muito carente, mas com enormes possibilidades de progresso. Integrada à região metropolitana de Porto Alegre, Capela é um dos espaços para o qual a capital gaúcha poderá crescer. Com o asfaltamento da rodovia Transaçoriana, a construção do novo Aeroporto Internacional 20 de Setembro e as possibilidades de navegação pelo Rio Cai, Capela tem tudo para tornar-se um grande polo industrial. Nada vai acontecer por si. Mas, se os capelenses souberem aproveitar as oportunidades que estão aí, terão muito espaço para crescer.

Fonte: