João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Observatório NH (I)


Jornal O Popular


Edição nº 01




O ‘Pialo’ de Airton e o rumo do PDT



* Quem acompanha a movimentação política local deve estar surpreso com o ‘pialo’ do ex-prefeito José Airton dos Santos ;
* O ex-prefeito do PDT não caiu do cavalo só uma vez. Em duas ocasiões o PDT manifestou a disposição de não ter candidato próprio. Depois aprovou a indicação de um candidato (a) a vice-prefeito na chapa com o PT;
* A decisão do diretório do PDT, instância partidária legítima para tal, demonstra coragem dos atuais dirigentes e firmeza dos pedetistas que buscam recolocar o partido num rumo popular e trabalhista;
* O ex-prefeito, homem de negócios, acusa a atual direção de estar vendendo o PDT. Mas o real motivo de sua inconformidade é outro: ele não aceita ser rejeitado dentro do partido que pensava ter comprado, pouco antes da eleição de 1996, quando veio de mala, cuia e guaiaca cheia do PRN de Collor de Melo para o PDT;

Alarme no PMDB

* Já no PMDB da Administração Municipal disparou o alarme e a correria para desligar a sirene é grande. As trapalhadas para a nomeação do jornalista Mário Selbach, o super secretário, são prova disso;
* O atual prefeito para garantir a contratação do futuro assessor teceu tantos elogios que parecia estar anunciando a contratação de um prefeito. Só faltou dizer: ‘Agora a coisa vai...’;
* Prá complicar, como alertou sabiamente o Dr. Ruy Noronha e repetiram vereadores de oposição, a Lei aprovada ultrapassa os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e será vetada. O super secretário, apesar das suas mil e uma utilidades, será lotado numa secretaria ociosa ou num cargo de segundo escalão;
* O prefeito já apostou, outras vezes, em "salvadores da pátria". A troca freqüente de secretários e assessores é uma das poucas marcas de sua gestão. Desde que assumiu, em 2005, o prefeito já trocou 11 titulares do primeiro escalão;
* Desse time, com esse técnico, o novo secretário precisa vender boa imagem, divulgar vitórias e construir uma agenda positiva. Nem precisa ser doutor em propaganda e marketing para saber que quando o conteúdo é muito ruim, mudar o papel do embrulho não resolve;

Poucas companhias

* Por coisas como essas é que, apesar dos muitos cafés e jantas, as conversas do PMDB com possíveis aliados estão cada vez mais restritas;
* Mas o que esfria mesmo o café e torna indigesto jantar com o PMDB é que cada um dos convidados já foi vítima de acordos rompidos pelo PMDB. Na política de nada valem os acordos assinados, mas há algo que vale muito: é a confiança, algo que só se perde uma vez;






* Por isso até os tucanos desconfiam do PMDB. Afinal Redecker, o filho, sabe que o PMDB após anunciar aliança com Redecker, o pai, na imprensa estadual (ZH, edição de 03/12/2003, pág. 12) cozinhou o galo (ou foi o tucano) até o início de junho de 2004, quando dispensou o aliado emplumado;
* Desasado, o PSDB teve que improvisar e se jogar na travessia eleitoral embarcado numa canoa furada pela esperteza peemedebista.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Museu Histórico Visconde de São Leopoldo

Desde a década de 40 se discutia em São Leopoldo - RS, a criação de um museu voltado à imigração, mas no contexto da Segunda Guerra Mundial e de nacionalização essa idéia não era bem vista.
Em 1950 foi retomada a idéia, mas a criação efetiva do Museu só foi ocorrer em 20 de setembro de 1959 com a criação do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. O idealizador do Museu foi o Prof. Telmo Lauro Müller e de sua fundação participaram dez municípios : São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Taquara, Rolante, Montenegro, São Sebastião do Caí, Feliz e Nova Petrópolis.

O Museu é uma entidade cultural privada, sem fins lucrativos, mantido por uma associação de amigos e a diretoria tem mandato de 3 anos. Seu acervo é formado por louças, móveis, instrumentos musicais, bandeiras de antigas sociedades, medalhas, alvos do tiro-ao-alvo, móveis, livros, jornais, documentos, fotografias.

Faz parte dos bens do Museu a histórica Casa da Feitoria Velha, a Feitoria do Linho–Cânhamo, criada em 1788 pelo Governo português. Em 1824 ela foi desativada por D. Pedro I e por sua ordem lá foram albergados os primeiros imigrantes alemães.

Em 1941 a Casa da Feitoria foi comprada pela Prefeitura e restaurada. Nela foi instalada e funcionou por 35 anos a Escola Estadual Dr. João Daniel Hillebrand. A casa reclamava novamente restauração que foi feita pela Prefeitura.

Mas pelo valor histórico dela, a municipalidade entendeu passá-la para o Museu já que ela é o começo da história leopoldense. Após as melhorias, o Museu fez salas temáticas com muito acervo que hoje lá está e fala de nossa história.

O acervo do Museu soma mais de 1.000 peças, 8.000 fotografias, 20.000 jornais (boa parte em alemão), 9.000 livros (biblioteca de interesse específico), 800.000 documentos e está em exposição em sua sede central com 846m² .
Este acervo foi reunido através de doações das comunidades alemãs da região nos 45 anos de sua existência.
É talvez o acervo sobre imigração alemã mais rico do Brasil. Ainda hoje recebemos doações de objetos, livros, documentos, jornais, fotografias, cartões postais, mapas, móveis, etc.

Sede própria (1º etapa) inaugurada em 1985:
Av. Dom João Becker, 491
93010-010 São Leopoldo
Tel: (051) 3592 4557
e-mail: museuhistoricosl@terra.com.br

FONTES DESSA PESQUISA:

* Site do Museu na Internet

* WEBER, Roswithia. Mosaico Identitário: História, Identidade e Turismo nos Municípios da Rota Romântica - RS. Porto Alegre, 2006. Tese (Doutorado em História - Inst. de Filosofia e Ciências Humanas, UFRGS.)

13.

Era uma vez 

Era uma vez
um lugar selvagem,
habitado por seres primitivos
que nada sabiam,
além de caçar e pescar,
amar e serem deliciosamente
felizes...
 
Aí seres superiores
em naves balançantes
de grandes panos brancos,
chegaram e trouxeram
a doença, o trabalho e a morte.


Trouxeram as armas, as roupas,

os espelhos, e a sua religião.

Jogaram latas e garrafas

por todos os cantos,

criaram o plástico que
nunca se entrega à terra.


Trouxeram fumaça, herbicidas,

inseticidas, detergentes,

desinfetantes, comida artificial,

papel, confete, serpentina,

preservativos, absorventes,
supositórios, carne de soja e leite em pó...

e sua deusa adorada,

a poluição, senhora sagrada da
miséria e da destruição.


E vieram idéias, costumes diferentes,
castigos, dores e tristeza.
E cresceram casas, cercas, 

muros, terreiros e janelas,

crianças crescendo presas,
flores morrendo em vasos,
pássaros engaiolados,
matemática moderna, física,

química, geografia,
pai-nossos e aves-maria,
proclamações, constituições,
reis, imperadores, presidentes,
deputados, senadores, generais,
constituições e uma corja
de ladrões...


E brotaram edifícios, carros,
barulho e cidades, motéis e lancherias.
E o consumismo, filho do capitalismo,
casou com a poluição,
filha do desenvolvimento

e da tal exploração,

e a filharada foi nascendo

em linha de produção:
- nasceu a constituição outorgada,

o colégio eleitoral,

a infidelidade partidária,
o parque nacional de

indústrias importadas,

a legislação sindical,
o conflito mundial,

o golpe militar,
e a ideologia de segurança nacional.


A poluição envenenada

com o seu próprio veneno

e o consumismo cansado e quase acabado

vão dando os “tiros” finais

e os frutos mais recentes

desta união infernal
ninguém suporta mais.



São generais

com formação americana,
eleições marcadas

sem valer uma banana
imprensa censurada,
informações deformadas,
governadores nomeados,
prefeitos indicados,
medidas de emergência,
salvaguardas nacionais,
governos de decreto,
nasceu até o Delfim Neto
dessa bandalheira total...
  
                                                                                                       Gilnei Andrade -  janeiro de 1984