João Jorge e Jacobina Maurer

João Jorge e Jacobina Maurer

I m A g E m

I m A g E m
O Velho do Espelho

"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
quem é esse que me olha e é
tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus,Meu Deus...Parece meu velho pai -
que já morreu"! (Mario Quintana)

P E S Q U I S A

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Maiakovski


O AMOR

Talvez quem sabe
um dia
por uma alameda do zoológico
ela também chegará.
Ela, que também amava os animais
entrará sorridente
assim como está
na foto sobre a mesa


Ela é tão bonita...
Ela é tão bonita
que, na certa, eles a ressuscitarão.
O século trinta
vencerá o coração destroçado já
pelas mesquinharias.
Agora vamos alcançar
tudo o que não podemos amar na vida
com o estrelar das noites inumeráveis.

Ressuscita-me,
ainda que mais não seja,
porque sou poeta
e ansiava o futuro.
Ressuscita-me,
lutando contra as misérias do quotidiano.

Ressuscita-me, por isso.

Ressuscita-me,
quero acabar de viver o que me cabe,
minha vida,
para que não mais existam amores servis.
Ressuscita-me,
para que ninguém mais tenha
que sacrificar-se por uma casa, um buraco.
Ressuscita-me, para que a partir de hoje
a família se transforme
e o pai seja pelo menos o Universo
e a mãe seja no mínimo a Terra.

(Poema de Maiakovski, traduzido por Ney Costa Santos.)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pré-História do Rio Grande do Sul


O MUNDO DA CAÇA, DA PESCA E DA COLETA


Os primeiros dez milênios

Pedro Ignácio Schmitz

O Rio Grande do Sul foi povoado muito antes do que a maior parte das pessoas imagina. O ambiente seco e frio da última glaciação, com ventos gelados varrendo paisagens de pouca vegetação, foi o cenário dos primeiros humanos que, uns 10.000 anos a.C. acamparam à beira do rio Uruguai e nos abrigos rochosos do vale do Caí.

Este povoamento não é um fato isolado. A América do Sul inteira recebe, neste tempo, o seu povoamento definitivo. São populações que, saindo da Ásia, atravessaram o estreito de Behring, peregrinaram pela América do Norte e Central e, depois de muitas gerações, chegaram aqui. Se antes desse momento temos humanos em alguns pontos do subcontinente, como no Nordeste do Brasil, ou no Centro-Sul do Chile, as pesquisas deverão confirmar.

Mais de 600 gerações humanas sucederam-se de então para cá, no Estado. Isto é bastante frente às 13 gerações contadas desde a ocupação portuguesa do território, mas é pouco em comparação das 90.000 gerações humanas do Velho Mundo.

PRÉ-HISTÓRIA do Rio Grande do Sul - ARQUEOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL - Instituto Anchietano de Pesquisas – UNISINOS São Leopoldo, RS, Brasil
Editor responsável: Pedro Ignácio Schmitz /Diagramação e Arte Final: Fúlvio Vinícius Arnt

Disponível em: http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/documentos/documentos05.pdf

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

10. Fazenda do Sobrado - São Lourenço do Sul

        

 Situada às margens da Lagoa dos Patos, e distante 1 km do centro da cidade a Fazenda do Sobrado tem importância histórica na fundação e no desenvolvimento de São Lourenço do Sul. Importância tal que a cidade tomou emprestado o antigo nome da fazenda.
A história da Estância do Sobrado inicia com o capitão Joaquim Gonçalves da Silva, o primeiro dono das terras onde hoje se situa a fazenda, que teria deixado de herança aos seus filhos Bento Gonçalves da Silva e Anna Joaquina Gonçalves da Silva (Donanna), porções de terra situadas à margem esquerda do Rio Camaquã (Estância do Cristal) e à sua margem direita, até o arroio hoje conhecido como São Lourenço (Estância do Sobrado) .

 


Natural do Rio Janeiro e morador de Rio Grande, José da Costa Santos casou-se com Anna Joaquina Gonçalves da Silva Santos (irmã de Bento Gonçalves) e tornou-se proprietário das terras entre Boqueirão e São Lourenço do Sul, as quais deu o nome de Estância de São Lourenço, santo do qual era devoto. Para servir de sede da estância, José da Costa Santos mandou construir um sobrado no fim do século XVIII. A Estância São Lourenço também ficou conhecida como Estância do Sobrado, pois este tipo de construção não era comum na época. 


 Conforme pesquisa do jornalista Pedro Caldas, a referência mais antiga à fazenda provém de um documento de 1805, localizado na vila de Rio Grande, que menciona o batizado de Ezequiel Soares da Silva, realizado na Fazenda do Sobrado. José da Costa Santos e Anna Joaquina (Donanna) tiveram três filhas: Anna da Silva Santos que casou com João Francisco Vieira Braga; Tereza da Silva Santos que casou com Inácio José de Oliveira Guimarães e Perpétua da Silva Santos que casou com Antônio Francisco do Santos Abreu.

O sobrado passa a ser conhecido como Solar dos Abreu, em função do casamento, em 1831, da filha mais nova de José da Costa Santos e Donanna, Perpétua da Silva Santos com Antônio Francisco dos Santos Abreu que deu continuidade à administração da Estância São Lourenço, já partilhada, mas ainda não dividida, por ocasião da morte de José da Costa Santos, em 1826. A filha de Perpétua e Antonio Francisco casou-se, mais tarde, com seu primo, José Antônio de Oliveira Guimarães, filho de Inácio José de Oliveira Guimarães e de sua falecida esposa Tereza da Silva Santos.




Historicamente também tem fundamental importância e participação a figura de Inácio José de Oliveira Guimarães, outro genro de Donana, casado com Tereza da Silva Santos. Abastado fazendeiro, chefe de polícia no Boqueirão e líder político que foi, até, deputado da República Rio-Grandense. Durante a Revolução Farroupilha a vila de Boqueirão era o centro jurisdicional eclesiástico da área que se estendia de Corrientes até as cercanias de Porto Alegre. Em razão disso, Boqueirão era também um centro político e populacional importante. O chefe político de Boqueirão era Inácio José de Oliveira Guimarães que durante toda a revolução, deu apoio logístico aos farrapos, através dos escravos, fornecendo cavalos e gado, construção e reparo de barcaças e lanchões.


 
Placa existente na Igreja da Vila Boqueirão 
onde Donanna foi sepultada.


 
Igreja do Boqueirão


A Fazenda do Sobrado foi utilizada como quartel general por Bento Gonçalves e seus comandados, além de ter prestado auxílio e abrigo a Giuseppe Garibaldi, que ali se resguardava da Armada Imperial. Segundo Egon Ziebell de Abreu, era na Fazenda que Bento Gonçalves se reunia com Inácio José de Oliveira Guimarães para acertar contatos políticos e para deliberar sobre os rumos da guerra na região do litoral.



O historiador afirma, ainda, que a estância era conhecida dos navegantes da lagoa, pois o sobrado servia de farol devido a um lampião que Donanna conservava todas as noites em uma das janelas, bem no alto. De Pelotas até Porto Alegre não existia nenhuma construção daquele porte na margem da Lagoa dos Patos.Mas não foi só durante a Revolução Farroupilha que a Fazenda São Lourenço ou Fazenda do Sobrado teve fundamental importância.




Quando eclodiu a Guerra do Paraguai, atendendo a convocação do Império, Joaquim Francisco dos Santos Abreu (o almirante Abreu), filho de Antônio Francisco dos Santos Abreu, engajou-se às tropas imperiais. Egon Ziebell de Abreu afirma que a Fazenda do Sobrado ter-se-ia constituído como “um ponto de destaque na região de tal ordem, que chegou a hospedar a Princesa Isabel e seus acompanhantes”, tendo sido “diversas vezes requisitada, não só no período da Revolução Farroupilha, como também na Guerra do Paraguai”. Atualmente a Fazenda do Sobrado possui área de 300 hectares distribuídos em plantações de arroz, milho e soja, além da criação de bovinos e eqüinos. Pertence à Ivani Serpa, viúva de Solimar Serpa, que a adquiriu do médico pelotense, Dr. Ariano Carvalho, herdeiro dos primitivos donos. Restaurada e em bom estado de conservação, as linhas harmoniosas da sede da fazenda contrastam com as seteiras (vide foto abaixo), que guardam a memória de épocas em que se faziam necessárias tais medidas de defesa.



 
 No detalhe, entre as janelas, a seteira que permitia a defesa do Sobrado e disparos de advertência afastando barcos e visitantes indesejados.



 
Detalhes dos móveis 


O antigo sobrado vem recebendo inúmeros turistas, atraídos por seu valor histórico-cultural. Proporciona a eles seu conhecimento da história do Rio Grande do Sul, do município de São Lourenço e de seu envolvimento na Revolução Farroupilha, além do convívio com as lides campeiras. Sem falar das lendas que rondam o velho sobrado. Conforme relatos existentes nas noites de vendaval são ouvidas vozes vindas do antigo casarão.
(Informações fornecidas por Ivani Serpa, viúva de Solimar Serpa, atual proprietária da Fazenda do Sobrado. Artigo original disponível no site http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=13594&data=&volta)


 
 Cristaleira conhecida como 'pula-neguinho'



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABREU, Egon Ziebell de. Aconteceu no Sobrado... contos da história de um povo da Lagoa dos Patos. Esteio: Pabreu Design& Comunicação, Ed. do autor, 2001, 36p.

COARACY, Vivaldo. A colônia de São Lourenço e seu fundador Jacob Rheingantz. São Paulo: Saraiva, 1957.

FUCKS, Patrícia Marasca. Artigo ‘ Os usos do patrimônio arquitetônico na atualidade:de produto cultural a atrativo turístico’ publicado na Revista de Pesquisa e Pos Graduação da U.R.I – Universidade Regional Integrada. Santo Ângelo-RS, 2003 Disponível no site http://www.uri.br/publicaonline/revistas/artigos/72.pdf

Secretaria da Cultura assina termo de uso do Parque Histórico Bento Gonçalves


 Bento Gonçalves


A secretária estadual da Cultura, Mônica Leal, assinou hoje (7 de fevereiro) em seu gabinete, o termo de permissão de uso do Parque Histórico Bento Gonçalves pela Associação de Amigos da instituição, com a presença de seu presidente, o vereador Diogo Trescastro e do sócio emérito Carlos da Rosa Sobrinho, que preside o Sindicato Rural e assume voluntariamente a direção cultural do Parque.

O documento permite que a Associação dos Amigos do Parque Histórico Bento Gonçalves gerencie as atividades de cunho histórico-cultural e as revertam para sua manutenção.



Também possibilitará a elaboração de um plano de manejo, onde ações distintas serão zoneadas, com prioridade para atividades culturais e de educação ambiental, tanto para os visitantes como para os moradores da região.

Nos próximos dias será realizado um levantamento da estrutura do parque, com 280 hectares, localizado no município de Cristal, e também da réplica da casa, onde o General Bento Gonçalves viveu e morreu, junto com sua família, que receberá escoramento devido a problemas no telhado.“O maior problema do Parque é a limpeza. Vamos explorar o campo depois que tiver tudo arrumado”, afirma Carlos da Rosa Sobrinho.



Com 280 hectares, o local pretende ser um museu vivo em homenagem a Bento Gonçalves e à Revolução Farroupilha.
Dentro do prédio histórico se encontra um conjunto de animais taxidermizados (empalhados), doados pelo senhor Carlos da Rosa Sobrinho, que representam a fauna da região. São 800 espécies, incluindo cobras e aves, que estão descontextualizadas dentro do prédio histórico.


A idéia é construir um museu que contextualize as espécies, assim como fazer o inventário do que existe no acervo.O visitante também pode conferir um conjunto de pedras com placas das capitais farroupilhas.



O local tem visitação mensal de 1500 pessoas, tendo alcançado o número de 150 visitantes no último domingo do feriado de Carnaval.


Site: http://www.cultura.rs.gov.br/ 08/02/2008 10:07

Parque Histórico General Bento Gonçalves



O Parque Histórico General Bento Gonçalves foi criado através do Decreto Nº 21.624, em 28 de janeiro de 1972. Está localizado na antiga Sesmaria do Cristal, originada por uma doação de terras feita por D. João VI ao alferes Joaquim Gonçalves da Silva, pai do líder farroupilha Bento Gonçalves.
Com área de aproximadamente 280 hectares, o parque possui mata nativa, campos e banhados, com espaço destinado a acampamento. No seu interior foi construído, em 1976, junto às ruínas da casa original, uma réplica daquela que pertenceu a Bento Gonçalves. Nela existe um museu, dividido em dois tipos de acervos: um com réplicas da indumentária farroupilha, e outro composto por animais taxidermizados - empalhados -, doados à Secretaria de Estado da Cultura por Carlos da Rosa Sobrinho.
Atendimento ao público: O endereço do parque é BR 116 - Sul, KM 423, Cristal/RS, CEP.: 99.195-000. Telefone (51) 9989.7021. O funcionamento é de terças a domingos, das 9h às 17h. Diretor:Eutalio Germano da Silva. Site:
http://www.cultura.rs.gov.br/

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Museu Júlio de Castilhos - Porto Alegre - RS

Julio de Castilhos 


Fachada do Museu


Canhão no pátio do Museu 

Landau que pertenceu a Carlos Barbosa - Presidente da Província


Monumento a Julio de Castilhos na Praça da Matriz - P. Alegre

Museu Júlio de Castilhos




O casarão do Museu Julio de Castilhos, na Rua Duque de Caxias, nº 1231, foi construído em 1887 para servir de moradia ao Coronel Augusto Santos Roxo, herói na expedição de reconquista do território brasileiro ocupado pelas forças paraguaias.
No entanto, adquirido pela Comissão Executiva do Partido Republicano Rio-grandense (PRR), o prédio acabou sendo doado a Julio de Castilhos que ali viveu com sua esposa, Honorina, e seus seis filhos.
Em 1909, foi realizada a primeira reforma na casa para adaptá-la às atividades de exposição. Depois, vieram outras duas: em 1925, com a construção de duas salas no pavilhão superior, e durante o período de 1968 a 1973, quando o prédio recebeu reformas no telhado, no forro, no assoalho, na rede hidráulica e na elétrica. O Museu voltou a ser aberto ao público durante as festividades dos seus 70 anos.
Em 1975, o prédio ao lado da sede do Museu, de número 1.205, construído entre os anos de 1917 e 1918, foi adquirido pelo governo do Estado para possibilitar a ampliação da instituição. As obras de restauração do anexo foram concluídas em 1996, inaugurando novos espaços de exposição. Neste mesmo ano, o casarão do Julio de Castilhos foi desativado, em vista da necessidade de reformas no telhado e da colocação de um novo forro, ações que foram realizadas, parcialmente, em 1997.

Fama de mal assombrado -

As duas mortes trágicas ocorridas nas dependências do Museu Julio de Castilhos - a de Julio de Castilhos, em 1903, vítima de uma cirurgia, realizada em seu próprio quarto, para a retirada de um tumor; e a de sua esposa, Honorina, em 1905, que, inconformada com a morte do marido, se suicidou num dos aposentos da casa - têm suscitado a fama de a instituição ser mal assombrada.
Desde a década de 70, quando se intensificaram as visitas ao Museu, até a atualidade, depoimentos de populares e funcionários atestam a visão de fantasmas circulando pelo ambiente. Um dos casos mais conhecidos refere-se a um vigilante noturno que, após fazer a guarda no Museu, pediu demissão, apavorado com a companhia indesejável que tivera na noite anterior.



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

09. MeMóRiA SiNDiCaL (II)

Conclat - A fundação da CUT em versos 

Aos amigos, companheiros,
trabalhadores do Brasil inteiro
agora quero falar
de algo muito importante
que em S. Bernardo foi se dar
me escutem nesse instante
poi sei que vão gostar.

Nesta cidade bandeirante
pelo mundo reconhecida
foi dado um passo adiante
que vai mudar nossa vida,
no ano de 83
foi no seu oitavo mês
de26 a 28 foram os dias
prá nós de grande alegria.

Mais de cinco mil companheiros
vindos do Brasil inteiro
se juntaram prá conversar
do I Congresso da Classe Trabalhadora
nós fomos participar,
já numa quinta-feira
nós começamos a chegar
do nordeste, do sul, do norte
gente de todo lugar.

Companheiros que uma semana
já estavam a viajar
mais de um dia de barco
prum ônibus pegar,
tres dia e tres noite
de estrada prá viajar
e na emoção da chegada
tinham força prá cantar.

De algo acontecido
dias antes do Congresso
todo mundo tinha sabido,
alguns sindicatos de safados
de participar tinham desistido,
o Congresso foi um sucesso
mesmo eles não tendo ido
nós já 'tava' mesmo cansado
de tanto ser manobrado
de tanto ser traído.

Uma coisa importante
não pode ser esquecida,
quase metade dos participantes
era companheiro rural
que com sua voz decidida
deram ao nosso Congresso
uma importancia especial.

Falaram do dia-a-dia
da sua vida sofrida,
falaram das covardias
contra eles cometida,
falaram da pobreza
e da falta de comida,
falaram das injustiças
da riqueza protegida,
falaram da sua luta,
falaram da Margarida.

Margarida companheira,
paraibana, nordestina.
Margarida assassinada
com um tiro de carabina,
quando teu povo se junta
todos gritam o teu nome
“é melhor morrer na luta
do que morrer pela fome”,
Margarida tu tá presente
na esperança dessa gente
no chão que tu caiu morta
a mando de um patrão,
muitas, muitas outras margaridas
por certo renascerão.

Muitas coisas importantes
por nós foram decididas
não se pode aceitar
a exploração toda vida,
sem terra não pode ficar
quem a terra tá plantando,
não pode morrer na pobreza
quem constrói toda riqueza
e o patrão tá sustentando.

E nós todos reunidos
tomamos uma decisão
damos prazo pro governo prá ele dar solução,
ou termina com o decreto
que rebaixam os salários
e devolve os sindicatos
cassados pros operários,
acaba os acordos
com o Fundo Internacional
assume a Reforma Agrária
acabando com a injustiça social
ou nossa resposta será:
- Nós vamos a Greve Geral.

E prá não desapontar
o trabalhador brasileiro
que há muito tempo pedia
todos unidos num sindicato
sem importar a categoria,
e porque cada delegado
sem criar a CUT
de S. Bernardo não saía
a CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES
nascia.

A partir desse dia
um novo momento iniciou
pra todos companheiros
e para o movimento sindical
viva a Central Única dos
Trabalhadores,
organizando a Greve Geral.


Autor: Gilnei Andrade
São Bernardo do Campo, agosto de 1983